quinta-feira, 22 de maio de 2008

A luz da falta.

Era uma manhã de segunda-feira. No som, a trilha do filme Cinema Paradiso.

Eu estava em casa, ao lado dela. E também meu pai, meus irmãos, minha avó – a mãe dela, que aos 23 anos tinha perdido o meu avô, assim como perdi seu pai. Havia muito mais gente naquele quarto. Minhas tias, meus primos, os melhores amigos dela. Eram muitos. A casa parecia um acampamento.

Foi meu pai quem sugeriu que eu colocasse a música. A doçura do seu avô, que só fui descobrir mais tarde. Generoso em tentar fazer com que aquele momento fosse suave para ela.

Foi triste. Mas também foi grande. Um privilégio. Estar ao lado dela no exato instante em que ela deixou de estar.

Esperávamos por isso há mais de 48 horas. Ela parecia estar indo aos poucos. Mostrou ser dura na queda.

Eu me lembro de um ato desesperado do meu pai, tirando dela o tubo de oxigênio que mostrava não ter mais serventia. Talvez ela finalmente respirasse quando seu coração pudesse descansar.

"Fico te devendo Paris", ele disse chorando.

Mentira. Se para ela Paris fosse importante, teria conseguido. Colocando os desejos dele em primeiro lugar, minha mãe dominava docemente o meu pai. Eram cúmplices: ela com sua obediência esperta, ele um menino enfiado num paletó de “homem da casa”. Ele era o médico solicitado a todo instante. Ela era seu copo d’água.

Como toda boa esposa e dona-de-casa, sua avó cozinhava bem. A diferença é que fazia a outra parte também. Fazia o supermercado. Fazia o imposto de renda. Levava o carro à oficina, consertava a porta, trocava o chuveiro. Minha mãe era uma mulher com uma caixa de ferramentas. Não por acaso, tenho a minha também.

Ela tinha o mapa de Belo Horizonte na cabeça. Você perguntava como chegar em tal rua e ela não respondia sem antes saber em que número. Explicava o caminho com detalhes: cada ponto de referência, cada detalhe e até quem provavelmente você encontraria pelo caminho, até chegar do lado exato da rua, em frente ao número. Eu perdia a paciência. Era muito difícil memorizar tudo isso.

Mas eu era apaixonada por ela.

Quando pequena, eu tinha ouvido a minha avó dizer: “Sapato virado, a mãe morre”. Rapidamente adquiri uma obsessão por manter em ordem, não só os sapatos, mas o quarto inteiro. Se era esta a intenção desse ditado absurdo, comigo deu certo. Meu armário era motivo de orgulho para Mamãe – ela gostava de mostrá-lo para as visitas, roupas separadas por cores, cabides iguais.

Ela era forte. Ela era doce. Ela era persistente. Juntou tudo e teceu a colcha da minha cama, centenas de roupas de tricô, os casaquinhos que muitos bebês usaram sem nunca a terem conhecido. Alguns deles agasalharam você, Francisco.

Dulce que não tinha esse nome por acaso. Dulce que era um sorriso. Dulce que também era Maria. A mim ensinou que a gente tinha duas mães: uma na Terra e outra no céu. Hoje estão as duas lá em cima.

Para mim foi mais fácil conviver com a morte dela do que com os dois anos de sofrimento que a doença nos trouxe. Embora parecesse impossível me acostumar com a idéia da sua não existência, desejei que ela fosse. Vi minha mãe murchar como uma flor. Troquei a cor da angústia pelo silêncio da saudade. Dor mais doce e mais altruísta.

Meus irmãos já não moravam em casa. Ficamos só eu, Papai e o enorme medo que eu sentia dele. Com a ida de quem fazia a ponte entre nós, finalmente nos conhecemos. Ganhei um pai de presente.

Por um tempo, ele cultivava a presença de objetos dela. Um chinelinho, a cestinha de tricô, os óculos. Era a primeira vez que ele encarava a sua falta. Antes, só fazia lutar com os fantasmas da sua cabeça – a esperança com muito poucas chances de sobreviver diante das convicções da medicina.

Minha dor, deixei em segundo plano. Respeitei a escolha dele. Violentei minha vontade e suportei a convivência com aqueles pedaços dela que, aos poucos, foram desaparecendo. Não olhei para trás. Não parei para pensar na falta. Apenas agradecia porque aquele sofrimento tinha acabado. Ainda levei um tempo para me lembrar dela bem, saudável.

Para não ver Papai sofrer, também não pensei no que senti ao vê-lo casado com outra pessoa – o mesmo quarto, a mesma casa, até o carro dela passou a ser dirigido pela madrasta. O importante era que ele não estivesse mais tão só.

Eu não desejava sequer mais um dia como aquele em que ele voltou para casa dizendo: “Fui ao banco encerrar a conta da sua mãe. Não tem outro jeito, né?” Naquele momento, trocamos de papéis: era ele o filho procurando o meu colo. Com o olhar, ele me pedia permissão para tentar ser feliz. Prontamente atendi.

Comprou um Citroën vermelho com teto solar. E em muito pouco tempo estava casado.

A verdade é que a minha cabeça arranjou um esquecimento para poder seguir em frente.

Fiquei quase 13 anos sem mais me lembrar o que é ter mãe. É você que está me ensinando, filho. Naquele 21 de março, ela começou a nascer de novo dentro de mim.

67 comentários:

Anônimo disse...

Bom dia, Cris!
Acordei cedo, bem cedo, atordoada, com um aperto no peito, talvez sentindo que as minhas duas mães [sim, tenho duas...] pudessem não estar mais comigo. E isto doeu bem lá no fundo meu.
Já liguei para uma... que está bem mais velha e recém-operada.
E vou dar um abraço logo mais na outra.
Hoje faz 51 anos que ela nasceu... e também 58 anos que perdeu a minha avó, que me cedeu o seu nome, Joana, junto do dela, assim sou Joana Maria.

Para vc, um lindo dia de outono.

Beijo!

Joana Alves

Anônimo disse...

São 8 anos...
de uma saudade agora terna
de uma lembrança doce

É mágico descobrir que dentro da gente, a todo instante, nasce a pureza delas, a sabedoria e encanto delas.

Um bom dia para você!

G. Fernanda disse...

Acho que a gente só entende nossas mães depois que nos tornamos mães.

Foi assim que eu entendi a minha, quando Adrian nasceu, eu entendi todas as atitudes dela, e não sei o que teria sido de mim na morte dele sem ela, foi ela com as palavras doces mesmo no seu jeito meio grosso que me fizeram levantar da morte dele.

Acho que as mães são um presente divino que Deus nos envia pra mostrar que ainda existe amor puro no mundo, e ele só as leva quando vê que somos capazes de amar assim.

Hoje não vivo mais com a minha mãe na separação dos meus pais, me deicide por ficar com meu pai justamente pra enfrentar todo o medo que sentia dele, e por saber que eu era a unica pessoa que ele tem nesse mundo de meu Deus, confesso que esse medo ainda não passou e que a ponte construida entre mim e ele e ainda é frágil como um fio de cabelo, hoje as coisas estão ainda mais dificeis, disse certa vez que perdeu seus pais ambos com cancêr não é? Hoje tenho meu pai com uma neoplasia de boca, e nossa relação tem se tornado ainda mais estreita.

Confesso Cris que ler vc mesmo me sentindo uma intrusa me deixa melhor pois percebo que as coisas ainda podem dar certo e ver sua força me ajuda a acreditar e a cultivar a minha.

Obrigada por ser quem é e por ser mineira, sabe que está tão perto me faz acreditar ainda mais que tudo é verdade e eu tambem posso!

Um grande abraço apertado em vc e no Francisco.

Anônimo disse...

oi cris,
que lindo post, amei, chorei...
vc é uma alma encantada!
beijos
mariana (rp-sp)

Nina disse...

Lágrimas nos olhos Cris, tô aqui escevendo meio embaçado. Sempre que vc fala um pouco que seja da sua mãe, eu me alegro, porque vc dizia não pensar muito nela. E eu acho que isso, de abrir o coração e falar é fundamental, já comentei antes que o fato de vc ser mãe vai te trazer à tona a sua saudade escondida.
Minha avó dizia o mesmo sobre os sapatos virados, rsrsr... vó tem cada uma! e eu claro, vivia virando os sapatos da casa, procurava por todo lugar e se via um, já tratava de colocar na posição certa. Amei o seu relato. Amei seu pai nos últimos momentos dela. E amei ver a carinha dela finalmente, na foto onde só aparecia seu pai. Amei tudo hoje.

Mariana Brizeno disse...

Hj vi alguém descever, como eu mesma não saberia, alguns dos meus sentimentos em relação a ida da minha mãe.
Fazem 5 anos que ela se foi, tb vitima de uma doença grave, que a deu muito sofrimento.
Vc descreveu o alívio, apesar da falta. E descreveu tb exatamente a sensação de ver meu pai casado com outra.
Hj ele é feliz, tem uma nova família, mais uma filha, que tem hj, 2 aninhos, e embora as vezes, até hj, ainda me pareça estranho, fico feliz em vê-lo refeito.
A vida é isso né?
A missão da minha mãezinha foi cumprida. Sou feliz pelos 24 anos que pude usufluir do existir dela.
Abraço,
Mari

Anônimo disse...

Sempre me toca lá no fundo ler as suas palavras...É bom passar alguns dias sem vim aqui e quando voltar ver uma porção de mensagens que tocam o meu coração.
Um beijo no fundo do coração,
Nanda Moura - FSA/BA

N. Caroline disse...

Todas as vezes que venho aqui,
pra ler sobre a sua vida descubro algo novo dentro de mim, é como um novo ser disputando espaço com essa Nathalia que todo mundo vê.
Todas as vezes que abro a página do seu blog ponho a música da Cat Power , Werewolf; Acho que já se tornou a trilha sonora da sua vida entrando na minha .. das suas palavras despertando sentimentos desconhecidos dentro de mim.
Seja feliz Pequena, seja feliz..
Um grande beijo no Cisco, e um grande abraço em você !

Nathalia.

Anônimo disse...

Leio um livro da Cecília Meireles
que me faz lembrar de você,talvez
vc já tenha lido, se não vale a pena ler, lindO!!!
Trecho pra ti com carinho:
"Aparece-me epergunta-me:Desde quando estás aqui?-Não para que eu te responda, mas para que eu sinta esse acumulo de tempo silencioso e profundo que sou.......para que eu sinta a quantidade da minha duração e compare a medida da minha espera com o tamanho da minha esperança minha esperança"
Meireles,Cecília,1901-1964
Episódio humano-RJ:Batel,2007.

Anônimo disse...

Leio um livro da Cecília Meireles
que me faz lembrar de você,talvez
vc já tenha lido, se não vale a pena ler, lindO!!!
Trecho pra ti com carinho:
"Aparece-me epergunta-me:Desde quando estás aqui?-Não para que eu te responda, mas para que eu sinta esse acumulo de tempo silencioso e profundo que sou.......para que eu sinta a quantidade da minha duração e compare a medida da minha espera com o tamanho da minha esperança minha esperança"
Meireles,Cecília,1901-1964
Episódio humano-RJ:Batel,2007.

Anônimo disse...

Leio um livro da Cecília Meireles
que me faz lembrar de você,talvez
vc já tenha lido, se não vale a pena ler, lindO!!!
Trecho pra ti com carinho:
"Aparece-me epergunta-me:Desde quando estás aqui?-Não para que eu te responda, mas para que eu sinta esse acumulo de tempo silencioso e profundo que sou.......para que eu sinta a quantidade da minha duração e compare a medida da minha espera com o tamanho da minha esperança minha esperança"
Meireles,Cecília,1901-1964
Episódio humano-RJ:Batel,2007.

Anônimo disse...

Leio um livro da Cecília Meireles
que me faz lembrar de você,talvez
vc já tenha lido, se não vale a pena ler, lindO!!!
Trecho pra ti com carinho:
"Aparece-me e pergunta-me:Desde quando estás aqui?-Não para que eu te responda, mas para que eu sinta esse acumulo de tempo silencioso e profundo que sou.......para que eu sinta a quantidade da minha duração e compare a medida da minha espera com o tamanho da minha esperança"
Meireles,Cecília,1901-1964
Episódio humano-RJ:Batel,2007.

Anônimo disse...

Leio um livro da Cecília Meireles
que me faz lembrar de você,talvez
vc já tenha lido, se não vale a pena ler, lindO!!!
Trecho pra ti com carinho:
"Aparece-me e pergunta-me:Desde quando estás aqui?-Não para que eu te responda, mas para que eu sinta esse acumulo de tempo silencioso e profundo que sou.......para que eu sinta a quantidade da minha duração e compare a medida da minha espera com o tamanho da minha esperança"
Meireles,Cecília,1901-1964
Episódio humano-RJ:Batel,2007.

Anônimo disse...

Oi Cris,

Que lindo este post...delicadeza em forma de palavras... lindo lindo lindo!

Um beijo enorme no seu coração, e um no coração do Cisco!

Carol (rj) sua fã!

Anônimo disse...

Que lindo, Cris!

Meu Grande Sonho disse...

como vc consegue ser tão doce....? tão linda...?

Anônimo disse...

Cris, como choro lendo vc!!!! Comovente, lindo!
BJusss
Dani

Anônimo disse...

Oi Cris!

A viagem que 'parece' ter faltado, o tempo junto que parece ter sido 'acabado', a 'falta' que existe com sentido, tudo isso e um tanto mais você nos dá aqui, como prova de um amor que "por ser amor", nunca morre!
E que lindas músicas ainda nos dá, como brindes depois da festa!...
Aprendo a ser melhor como gente, a amar mais a cada texto que leio aqui!
Gracias Siempre!

Cláudia Chaves

Anônimo disse...

Oi Cris, são sempre doces tuas lembranças, lindas tuas estórias.
Mas a delicadeza com que escreves chega a ser perfeita.
Você está de parabéns por conseguir descrever tão bem sua relações com seus pais, o Gui e o Cisco. Parabéns por emocionar a todos com o teu jeito mulher!

Sou sua fã, sempre! bj, Lívia

Anônimo disse...

Cris,

Sou filha única, e desde muito pequena, um fantasma me assombra: o medo de perder os meus pais. Sempre que esse pensamento me vem, eu o recuso. Sei que esse momento pode chegar de repente, mas não quero me preparar para ele.
Então, vivo dia após dia, dando e recebendo amor.

Como eu já te disse, você me emociona e me inspira.

Deus abençoe muito a você e sua família.

Beijos.

Helga Valesca

Anônimo disse...

Cris,
Cada vez aprendo mais com você. A forma como você coloca suas emoções... maravilhoso.
Também perdi minha mãe e sei como é esse vazio. Só mesmo os filhos para nos ensinar a esquecer essa dor.

Beijos querida, beijos no Cisco.

Andréa

marcela dantés disse...

cris querida.
ler você é sentir vontade de abraçar você. sempre.

Maria dos Açores® disse...

Cris, como sempre conseguiste fazer-me chorar...
Um beijo com muito amor para ti e para o Cisco

K disse...

Ah, Cris, eu tenho mãe e não a suporto.Eu me irrito com a maneira como ela respira.Sei que uma barreira foi erguida em algum momento da vida mas tenho consciência de que agora , cabe a mim quebrá-la e não consigo.
Não imagina o bem que faz ler você
falando dela.Se não é um tijolo inteiro, é uma metade dele que eu
retiro do muro construido entre a gente.
K

Anônimo disse...

Que lindo Cris!
um nó na garganta.
Mika

Bel disse...

Cris,
...teu amor é tão grande assim porque não tens vergonha de (re)dimensioná-lo com o passar de um tempo: o teu.
Tão lindo esse teu texto ... tão iluminada é tua vida que sempre reluzes por aqui... por onde estás.
Um beijo ... linda a foto dessa tríade amorosa e seus infinitos jeitos e trejeitos.
Bel.

:: carol monti :: disse...

lí nas suas palavras os meus sentimentos .. bom, parte deles ... também lutei 2 anos ao lado da minha mãe e a ví ir embora ... conheço bem esse sentimento .. pra mim só se passaram 8 anos e ainda não fui brindada com a dádiva de ser mãe ... mas achei conforto aqui ... novamente! .. obrigada por dividir todos seus sentimentos com a gente ... vc nem sabe o quanto me ajuda!

bjos e abraços apertados pra vc e cisco!

Cecilia Benedeti disse...

Impressionante, como alguém que não conhecemos, consegue nos comover a ponto de lágrimas e arrepios...

Acompanho sempre teu blog, mas nunca havia comentado, e hj me senti a vontade de poder compartilhar o quanto eu me emociono ao visitar "sua casa"..

Sempre pontual e carinhosa, delicada e forte, vc transmite numa doçura suas dores, que acaba por nos mostrar que a vida continua... Não menos dolorida, mas muito bem escrita.

Continue assim forte, sempre!!

bjs em vc e no seu abençoado pequeno!

Unknown disse...

Ai...tô chorando, né?!? Nem sei o que dizer.
Segue meu beijo mais estalado pra você!!!
Com amor, Sarah

MCCGM disse...

que colo!

. disse...

Cris

Cristina

Também fiquei comovida com o que li aqui.
Eu amva muito a minha doce mãezinha.Nunca na minha vida,vi minha mãe se queixar que tinha alguma dor.
Era uma pessoa maravilhosa,gostava de passear assim como eu.
Todas as viagens que eu fazia à Minas Gerais,para buscar meus artesanatos,ela quase sempre me acompanhava.E foi numa dessas viagens,que ela começou a infartar e eu não percebi.
No dia seguinte,eu já estava de volta à cidade em que ela morava Avaré e pedindo a Deus que eu chegasse a tempo.Não queria que ela morresse dentro do meu carro.Nem lembro como fiz uma viagem de três horas,lá ela infartou e faleceu uma semana depois,dia 04/05/02...nunca vou esquecer esse dia.
Hoje quando penso sobre o que aconteceu me vejo a derramar um monte de lágrimas.Não é fácil conviver com perdas de entes queridos...mas....tenho certeza que está num lugar bem mais lindo que o nosso...
Bjs

What I know disse...

Ai Cris....
Pq será que o tema AVÓ está tão presente assim na minha vida??

Se vc tiver um tempinho dê uma fuçadinha no meu blog... vc bem vai entender.

Bjos

Anônimo disse...

cris, seu blog é lindo. sua sensibilidade, força e senso estético (se eu fosse magrinha, comprava todas as roupas do bazar). nega, também perdi um grande amor, e também perdi tragicamente. por isso admiro a maneira como você lidou e lida com isso,

um beijo enorme!

Anônimo disse...

Linduca!
bjks.

Anônimo disse...

Obrigada por tudo isso aqui, e parabéns por tudo isso aqui, tb.

Carla Said disse...

Minha querida, o seu post, como todos os outros, foram lindíssimos. Estou sem palavras, realmente.
Um abraço forte em você e no Francisco.

Beijos

Anônimo disse...

Poxa,faz uns dias q n venho te ler e qdo venho me deparo cm isso...q sensação de encontrar alguem que entenda o q eu sinto.
Talvez eu me lembre tb, se um dia eu for mãe...
enquanto isso, sinto morrendo de saudade da minha.
beijo

Nina
www.fotolog.net/totalmentedemais

Anônimo disse...

Nossa, que texto lindo... me emocionei... você tem um dom incrível com as palavras... passar por aqui me dá forças e ânimo pra seguir adiante... obrigada.

Marcia P. disse...

Querida Cris, vc é sensacional!
Cada post descubro mais um pouco de vc, e ainda acalento uma esperança de sentar vc e o Francisco no colo e cantar uma canção de ninar.
Márcia - Cascais/Portugal

Anônimo disse...

OIe, esotu sempre por aqui no seu blog, acompanho sua história, me emocionei várias vezes, como muitas outras pessoas! Citei um trecho de um post seu no meu blog, claro que çhe dei os créditos, espero que não se importe! Se tiver algum problema é só me avisar, ok?
Beijosss

Nanda

Helen Viana disse...

Este seu texto serviu para eu encaminha-lo RAPIDAMENTE a uma amiga que precisa de força e palavras tão lindas assim que também estava passando por um momento bem dificil.

Você é linda, sou muuuito sua fã.

Anônimo disse...

Esse blog é muito mais que um presente pro Francisco!
Minha vó perdeu seu marido quando meu pai tinha dois anos, o mais novo tinha alguns meses, eram cinco filhos no total, e ela tinha vinte e nove anos. Foi num acidente de trem, ele era maquinista. É uma guerreira e tanto, minha ídola, criou uma família muito unida, os cinco filhos, todos homens, se adoram e a idolatram também. Sobre o meu vô, sempre falou pouco, com respeito e amor, mas pouco. Agora, com oitenta e cinco anos deu pra falar mais, cada coisa importante, assim, como se fosse um comentário trivial, eu pensei meu deus será que ela já tinha falado nisso e eu não tinha prestado atenção? Não, impossível. Eu cheguei a conclusão que ela não falava mesmo no assunto, porque devia doer demais, agora, depois de tanto tempo, ela já consegue. Ela fala sobre o acidente, principalmente, nem meu pai fala no assunto. Acho que devia ser um assunto tabu pra eles. Uma pena não é, tanta história que se perdeu, de amor, de carinho pelos filhos. Enfim, o Francisco não terá essa lacuna, ele terá a descrição do pai, do amor que gerou ele, com todos os detalhes, sensações, paixões, lindamente contados por você. Parabéns por dar este presente a ele. Abraços

Simone

neise disse...

Gosto tanto de você!
Porque você sabe amar. Penso que é tão difícil fazer isso direito!
Obrigada por dividir isso!
Uma vez eu disse à minha filha que o legal do amor é que ele contamina, se espalha e acaba voltando prá nós numa rede que só pode se fortalecer. Que todo amor, ternura e respeito que você espalha contaminem todos a sua volta e a envolvam sempre numa rede de muita felicidade.
neise

Unknown disse...

Eu também estou há doze anos sem minha mãe...

Suas palavras me tocaram de um modo todo novo.

Sinto que, por elas, minha mãe também ficou mais próxima de mim.

Obrigada, querida!

Edson K disse...

Foto e história lindas!

Anônimo disse...

Boa noite, Cris.
Desde que vi você no Globo Repórter vivo entre a vontade de conversar com você e a dor que me causa falar sobre esse assunto. O fato é que vivo exatamente a mesma situação que você, com exceção a pequenos fatos. Temos um nome parecido, a mesma idade, um filho (no meu caso uma filha) com a mesma idade e uma dor igual. A perda do marido por morte súbita - a parada repentina do coração de um homem forte, cheio de vida e muito preocupado com um vida saudável. Meu grande amor partiu em fevereiro de 2007, quando nossa filha tinha apenas dois meses de vida. Desde então, ja iniciei três blogs prá contar ao mundo e, principalmente à minha filha, tudo sobre o amor de seus pais e, principalmente, sobre o seu pai tão amado. Perdi os três blogs. Parece que tive amnésia, não me lembro dos endereços, enfim... Desisti temporariamente do blog e comecei a procurar outra forma de minimizar minha dor, encontrando algum grupo de ajuda, pessoas que tivessem passado por situações semelhantes e ei que encontrei você e seu lindo Francisco.
Eu e a minha Clara gostaríamos muito de poder conversar com vocês, se você desejar.
Admiro muito a sua força, a sua capacidade de "fazer limonada de um limão", como disse a sua sogra.
Parabéns, querida. Imagino quanto orgulho o Gui sente de você...
Se puder, fale com a gente, tá?
Nós a-d-o-r-a-r-i-a-m-o-s!!!
crisgeromel@hotmail.com

Um grande beijo,


Cris

Cristiana Soares disse...

"Ela era seu copo d’água"

(estou muita emocionada)

Clarice. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Cris,sua sensibilidade me comove...
Cada dia que passa te admiro mais menina!!!
Que Deus te abençoe sempre!
Um beijo no Francisco e outro bem grande no seu coração.

Anônimo disse...

Lindo, Cris. Sem palavras...

Beijo carinhoso,

Adriana(Diana)

Anônimo disse...

a coisa mais linda q eu li nos últimos tempos. mesmo. a minha mãe sempre diz citando alguém: as mães não deveriam morrer jamais.

Anônimo disse...

Estou tão sozinha aqui, sem minha mami que se foi há tanto tempo e sem a minha linda madastra, minha querida Leila que mora tão longe de mim mas sempre pertinho, com aquela voz doce no telefone só para dizer: "Tudo vai dar certo, não se preocupe!!"
Eu sou mãe e quero muito estar aqui para as minhas meninas e não quero que elas chorem de saudade como eu choro para quem se foi e nem para quem está longe...acho que vai ser impossível evitar..é a vida.
Abraços
Cris

Anônimo disse...

pequena grande mulher...

só mesmo uma pessoa com uma vivência tão rica de sentimentos, para falar da vida e da morte com esta intimidade e com esta sabedoria.
o amor tem varias formas de se apresentar e hoje eu vejo um amor com cara de menina levada, cheio de sinais da vida. um amor com um coração enorme e pulsante, marcado pela alegria e pela gentileza, além e apesar da saudade e da dor.
um amor de generosidade que, ao abrir seu coração para o mundo, ensina tão graciosamente o que aprendeu com as implacáveis lições da própria vida. ensina que cada passo que damos nesta imprevisível caminhada é único e que, aconteça o que acontecer, o tempo passa, alheio a nossa vontade. ensina o quão importante é cultivamos o amor. o amor pelas pessoas, por nós mesmos e pela vida que pode ser renovada a qualquer instante, quando menos esperamos.
um amor de sensibilidade, que ilustra passagens da vida, com doces canções e com palavras cheias de encanto. ou simplesmente enche nossos olhos com uma singela imagem que traduz um imenso turbilhão de sentimentos e de emoções.
um amor de Cristiana, um amor de mulher Guerreira, que me faz chorar um choro de afeição, de respeito e de carinho por este grande ser humano que conheci aqui.
uma mulher que causa admiração por sua força que é contagiante e por sua determinação que é inspiradora.

Cri.ti.a.na Guer.ra
s.f. 1.Amor. 2.Pessoa que impele as outras para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 3.Afeição, grande amizade. 4.Objeto dessa afeição. 5.Benevolência. 6.Caridade. 7.Pessoa bonita, preciosa.

Anônimo disse...

pequena grande mulher...

só mesmo uma pessoa com uma vivência tão rica de sentimentos, para falar da vida e da morte com esta intimidade e com esta sabedoria.
o amor tem varias formas de se apresentar e hoje eu vejo um amor com cara de menina levada, cheio de sinais da vida. um amor com um coração enorme e pulsante, marcado pela alegria e pela gentileza, além e apesar da saudade e da dor.
um amor de generosidade que, ao abrir seu coração para o mundo, ensina tão graciosamente o que aprendeu com as implacáveis lições da própria vida. ensina que cada passo que damos nesta imprevisível caminhada é único e que, aconteça o que acontecer, o tempo passa, alheio a nossa vontade. ensina o quão importante é cultivamos o amor. o amor pela vida, pelas pessoas e por nós mesmos. um amor de sensibilidade, que ilustra passagens da vida, com doces canções e com palavras cheias de encanto. ou simplesmente enche nossos olhos com uma singela imagem que traduz um imenso turbilhão de sentimentos e de emoções.
um amor de Cristiana, um amor de mulher Guerreira, que me faz chorar um choro de afeição, de respeito e de carinho por este grande ser humano que conheci aqui.
uma mulher que causa admiração por sua força que é contagiante e por sua determinação que é inspiradora.

Cris.ti.a.na Guer.ra
s.f. 1.Amor. 2.Pessoa que impele as outras para o que se lhes afigura belo, digno ou grandioso. 3.Afeição, grande amizade. 4.Objeto dessa afeição. 5.Benevolência. 6.Caridade. 7.Pessoa bonita, preciosa.

Unknown disse...

Perdi minha mamãe há poucos meses, a saudade ainda dói, esse texto me emocionou muito....

Unknown disse...

CRIS,
ME AJUDE A DIVULGAR???
BEIJOS
CLAUDIA

AMIGOS!!!
A GIOVANNA ESTA PARTICIPANDO DO CONCURSO DO GIRAFAS E CONTO COM O VOTO DE VCS...
OLHA O LINK AQUI: http://www.concursogiradanca.com.br/home.php?video/view/&108576
VOTEM POR FAVOR...
ASSIM QUE VOTAR VC RECEBERÁ UMA CONFIRMAÇÃO DOS VOTO NO EMAIL... CONFIRMEM POR FAVOR...
FAÇA UMA GIOVANNA FELIZ!!!!
BEIJOS
CLAUDIA

Pequena disse...

Que lindo, Fabi. Que generoso da sua parte. Estou emocionada.

Thaís disse...

Que leitura gostosa, com lágrimas nos olhos me alimentei de cada palavra do seu texto... Lindo! Profundo e marcante.
Grande beijo.

Gabriela Yamada disse...

Com vc aprendo a amar de verdade. Amar meu filho, amar meu namorado com liberdade. Você é fantástica!
Bjos

Gabriela Yamada disse...

Com vc aprendo a amar de verdade. Amar meu filho, amar meu namorado com liberdade. Você é fantástica!
Bjos

Anônimo disse...

vc emociona , toca fundo nosso coração , suas palavras ... bjs

Estela disse...

Cris, Bom dia!!
Já acompanho o seu blog a alguns meses, mas só hoje tive coragem para tecer um comentário(até por que não tenho muita intimidade com computadores... e blog, particularmente, só acesso o seu). A cada dia que passa fico mais impressionada com sua sensibilidade...Como eu gostaria de saber expressar meus sentimentos dessa forma... Não te conheço, mas é estranho, parece que você faz parte do meu convívio... Acompanho esse blog como se fosse um livro: Rio, Choro, dou risadas...e me emociono (ah, e como me emociono!!) Tenho uma filha de 3 anos e através de vc ela conheceu as músicas do grupo curupaco ,que ouve sempre...
Linda essa sua cabeça... Me perdoa se não sei escrever tão bem... mas gostaria de expressar pra vc o bem que suas palavras me fazem sentir... Fiquem com Deus!!!

Anônimo disse...

Lindo... ficaria lendo seus textos o dia inteiro....
Cris vc é muito linda...

Julieta disse...

Durante muito tempo me neguei a lembrar de minha mãe, com medo que suas lembranças pudessem me machucar. Recentemente descobri que ao contrário, o que me machuca e muito, apesar de não admitir, é a falta que sinto dela. Assim como você, sinto que minha filha me trouxe de volta minha mãe, ou pelo menos, tento ser para ela, a mãe que eu tive um dia. Parabéns por traduzir tão bem seus sentimentos mais íntimos, permitindo que possamos mergulhar em locais muitas vezes difíceis de nossas almas. Bjs. Ju

Thais disse...

Amiga,
hoje estou dando uma geral em tudo que ando perdendo nos seus blogs nos últimos dias, por não estar conseguindo um tempinho sequer pra ler.
Que complexa e linda a vida.
Um cisquinho de gente de 1 ano, tecendo a história da mãe...

Anna facchinei disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lupe Leal disse...

te devolvo:
"você escreve lindamente."

mas lindo é tudo isso.
tudo isso.

abraços,