sábado, 12 de julho de 2008

Declaração de bens.

Não quero o vestido preto da viúva. Nunca o quis. Vesti, sim, um preto longo e bonito, tomara-que-caia, para irmos, nós dois, dar adeus a seu pai. E cantei foi um samba na hora da despedida. Sei que ele ficaria orgulhoso por isso – nossos pactos não se desfizeram com sua ida.

Tive medo, sim, que me vestissem o preto. A burca. A não-existência em nome do que passou.

Talvez eu seja vista assim, ainda de preto, por quem me lê e apenas me lê.

Você não. Você me sabe. O que vê de mim é a mãe, nascendo tão criança quanto você. Aprendo a andar, a falar, balbucio escolhas. Cresço de novo, descobrindo sobre mim o que assisto em você. Brincando, retomo caminhos e tento descobrir quem sou. Ou me faço de novo.

O passado é um lugar bonito para visitar de vez em quando. Não para morar. O tempo tem sua mágica. Não se vive uma vida de ontens.

Mas, de tempos em tempos é bom olhar para trás e redescobrir do que somos feitos. Que tijolos são esses que nos sustentam. E chorar. Para sentir, reconhecer. Chorar para sorrir.

Existe hora e lugar para isso. Aqui é um lugar.

Outro dia encontrei uma música que, eu me lembro, seu pai já mandou pra mim alguma vez. Não sei de quem é, não sei quem canta. Sei que é bonita. Sinto pelo que me suscita. E é ele que cresce em mim quando a ouço. A água brota dos meus olhos – e não é de tristeza.

Choro com o passado pleno. Choro com o futuro sonhado. Choro com o presente como é. O que tenho e o que perdi. O que perdi para me ganhar. Tenho tanto então. Tenho em primeiro o olhar para ver. Tenho o que me permite reconhecer.

Esse, sim, é o maior dos presentes. Tenho o que me permite estar de fato presente. Tenho tudo.

64 comentários:

Renée disse...

É por isso que volto aki sempre e sempre Cris...
Por vc ser assim, feliz por ser quem é...feliz por ser como é...
Por lembrar do passado e da tristeza sem melancolia em demasia...
Por lembrar do passado com uma sede imensa de futuro...

Por issoq ue volto aki sempre...por vc ser mãe, mulher, menina...por viver...viver mais e mais, mas sem deixar nada na obscuridade do passado..

Por isso que volto aki, por vc ser vc.Por vc me trazer vc...por vc me trazer lagrimas de tristeza e risos de alegria...

Por isso que volto...
Por isso que te admiro...por vc olhar para o passado mas viver o presente e sonhar com um lindo futuro..

Bjos..
Bom final de semana
Renée

Carol Sousa disse...

...e por isso estou vindo aqui!!! essa alegria de viver pra frente e essa coragem de olhar pra trás como quem só quer lembrar das coisas boas te faz a mulher-exemplo...

muitas flores pro'cê!!!!
bjoo
Carol

Bel disse...

...talvez quem te leia por aqui consiga ir um pouco além das letras amontoadas. Talvez quem te leia por aqui ( e não tem a sorte de te ter próxima) te veja como quem espia por entre uma fresta (que espande um fio de luz por onde passa som e abre espaço pra imagens). Talvez alguns te sintam como eu venho tentando! Talvez ... porque a vida também é feita deles... dos incertos Talvez.
Um beijo... lindo o texto...espero pelo livro. Sempre.
Bel.

Ana Paula Prado disse...

Esse livro vai ser um sucesso! Me contrata como assessora de imprensa? Vou adorar fazer esta divulgação. E tenho uma admiração pelos teus textos. Saber escrever assim é dádiva! Beijos, Ana

Karen disse...

Oi Cris,
Engraçado, este post caiu para mim como uma luva. Esta semana tb chorei, chorei muito, mas com uma saudade gostosa da minha filha. E vejo que não posso viver mesmo de ontens. Tenho o hoje e o amanhã pela frente e busco com muita força a coragem para viver e ter os momentos mais felizes por mim e por ela.

Bjs

Bazar Moda Cultural disse...

Acho que vi uma reportagem sobre sua história.Parabéns vc é uma guerreira,não é fácil continuar...
bjs

Unknown disse...

Parabéns pela força e pela alegria de viver...
Por acaso te encontrei e conheci sua história... Impressionante...
Continue assim... Você escreve muito bem...
Pretendo continuar a ler seus textos e me deliciar na sensibilidade que tranborda de suas palavras... Mais uma vez, parabéns pelo o que escreve; e continue escrevendo, pois assim você toca outras pessoas, trazendo conhecimento e proporcionado grande aprendizado com suas experiências...

Estou aguardando o próximo post...

Lu

paula, paulinha, inha disse...

Olá...
li entrevistas contigo na Gloss e na Criativa acho...
achei uma linda história, chorei de emoção, e te admirei muito por sua força. Agora, na última edição da revista, lembrei do teu blog, e vim dar uma conferida... parabéns! Que você tenha sempre essa sabedoria e força dentro de ti... e claro, um beijo pro francisco!
Paula

Anônimo disse...

Cris
Uma vez escutei de um amigo, conselheiro espiritual, meu,
que VIVER É UMA ARTE!
E sábias são as pessoas, que
conseguem ser arteiro!
E conseguem deixar de se vitimizar, diante as dificuldades,
as perdas, e conseguem maravilhosamente olhar, e ficar
atentos, AS COISAS QUE TEM, PESSOAS, ALEGRIAS...etc,e deixam
de lado aquilo QUE NÃO TEM.
Qdo fazemos isso, o tempo fica
curto pra gente se dá o luxo de
perdê-lo...tirar um tempo do dia, pra agradecer tudo q a gente tem...
nos torna pessoas cheias de GRATIDÃO, e sem perceber a vida
vai nos presenteando com momentos
maravilhosos, com pessoas lindas, e com estorias de vidas engrandecedoras(como a sua).
Vc minha linda, assim como várias outras pessoas, teve e ainda terá suas perdas, mas o seu diferencial, eh que vc É UMA ARTEIRA de "mão cheia" (como falamos aqui no nordeste).
Tua poesia te sustenta e ajuda
quem te acompanha (aqui na blogosfera e fora dela) a ver a vida de uma forma bem diferente e linda!


Deus te proteja!
um bj

Anônimo disse...

Ah, é exatamente isso que eu gosto... de revisitar o seu passado.
Seu blog exala vida, e nunca luto!

Adorei ver meu canto citado no seu blogroll... uma honra pra mim!

Beijos!

Daniela disse...

Oi Cris, estou sempre por aqui me emocionando com a sua vida. a música é uma versão francesa de "That's All". A voz da cantora lembra demais a Blossom Dearie, mas não sei se é ela quem está cantando.
Beijos para você e para o Cisco.

Anônimo disse...

Em pouco tempo aprendi a ter um carinho enorme por ti...
Sua história é linda...
E foi com ela que aprendi a descobrir um pouquinho de ti...
Ñ sou boa com as palavras ...
Quero um dia poder expressar o quanto vc é importante...
Expressar os sentimentos que sinto quando começo a ler uma postagem nova....quem sabe um dia!!!
Cris,

Sempre estaremos aqui....

Anônimo disse...

Na verdade, quem canta é Stacey Kent: http://www.youtube.com/watch?v=_07madalwdc

beijos,
Renata Maia.

danii disse...

oi minha querida....cada dia me apixono mais por vcs .... e o hj carrega o ontem e o amanha com ele...
dá pra sentir que mesmo faltando algo , vc é muito feliz.... tbm quer motivo maisor que esse menino lindo que vc tem aí? bjsssssssss


www.daniilopes.blogspot.com

Ana Carolina disse...

Dos meus olhos não brotam água. Brota uma cachoeira. mas também não é de tristeza. Sábias, sáaaabias palavras....
beijo, querida.

Renata Carvalho Rocha Gómez disse...

No enterro do meu pai usei branco... estava com um camisa branca no hospital q passei a noite ate o momento que ele se foi... e com aquela roupa fiquei o dia todo, catatonica.... mas lembro que cantei em silencio a nossa cançao: cassia eller -mudaram as estacoes. Era inverno fora e dentro de mim. E ali fiquei, pensando na minha vida sem ele, e na luta que enfrentaria com a doenca que o levou e que em mim ainda existia, nao sabia o pq do meu choro... achava que a proxima seria eu...
Hoje ainda é inverno fora, mas dentro colho a sementes de esperanca dele: filha, eu vou mas vc ainda fica !
Obrigada pelo texto pequena.....
Um beijao nos dois

Anônimo disse...

Cris, admiro muito vc! Concordo totalmente que vc tem todo o direito e até o dever de seguir sua vida e buscar sua felicidade. Mas vc tem consciência do quanto vai ser difícil um homem aceitar seu amor pelo Gui e conviver com isso? Será que um dia vc não terá que guardar suas recordações em páginas que só o Francisco possa ler um dia, ao invés de publicá-las?

K disse...

C'EST LE PRINTEMPS
Paroles et musique: R. Rodgers, J. Sablon, 1947


Agitée comme un roseau dans la tourmente
Tout m'énerve et tout m'irrite en ce moment
Le monde me désenchante
Par ce beau jour de printemps
Fatiguée, désabusée et sans courage
Impatiente je ne sais plus ce qui m'attends
Je sens arriver l'orage
Par ce beau jour de printemps

Je voudrais me sentir loin d'ici
Fuir la vie de chaque jour
Et peut-être en m'évadant ainsi
Y trouverais-je l'amour
Les bourgeons des marronniers
De mon enfance,
La jacinthe, l'aubépine et les lilas blancs
En vain me chantent leur romance
Douterais-tu du printemps?
Tout est si joyeux
Pourtant je suis malheureuse
D'où me vient tout ce tourment
O mon ami c'est le printemps

K disse...

Cris,venho sempre aqui, você sabe.Mas hoje, particularmente, vim te fazer um convite.E aí, ouço uma très belle chanson française. Coincidência?
Vim te convidar para uma feira francesa que acontecerá no próximo sábado(19), na R.Pernambuco, entre Santa Rita Durão e Claúdio Manoel.De 14h às 22 h.Estarei lá com minha família numa deliciosa barraca de crepes e vinhos.
Adoraria te ver por lá!
Bisous

Anônimo disse...

Palavras tão sabias .sempre que venho aqui acho que fico um pouquinho mais serena com a vida e o que ela me dá.


beijo de Portugal . Lili

Anônimo disse...

Leio seu blog há algum tempo, mas nunca quis comentar. Hoje, com essa música bonita e triste ao fundo e com esse texto verdadeiro nos olhos, senti vontade de falar. Admiro a força como você segue sua vida, diante da tragédia de perder o homem que você amou tanto a ponto de gerar no seu ventre um fruto dele, um pedaço dele. Essa força me envergonha um pouco, porque eu não a tenho, e tenho a pessoa amada ao meu lado, tenho tanto. Mas sinto tanto que não tenho nada. Acho que eu, sem ser de fato viúva, me visto de preto e não consigo encarar a vida de frente. Não consigo fazer algo por mim, e fico estagnada, triste e sozinha, sem saber o que fazer. Meu maior sonho é ser mãe. Acho que será a maior felicidade da minha vida carregar um serzinho dentro de mim, e amá-lo mais que qualquer outra coisa no mundo.
Parabéns por ser quem é e por saber que a vida está aí, à sua porta. E obrigada por compartilhar com a gente um pouquinho dessa força toda que você tem dentro de si.

Um beijo.

Unknown disse...

Oi Cris...

Saudades de estar aqui.. De compartilhar contigo e tantas outras pessoas desta história de VIDA, repleta de cores e com cheiro de flor...
Também estou aprendendo a lidar com o vazio da partida de Alguém especial... Mas ainda não dou conta de falar... Mesmo assim é bom estar aqui, MUITO bom!!!

Carolina disse...

Cris,para entender a dimensão do que você escreve e ter empatia por o que você pensa e vive, na maioria das vezes, é preciso ter andado nas duas " bandas" em algum momento, pelo lado A e B da vida.Ser empático, pra mim, não é se colocar no lugar dos outros e sim entender as necessidades dos outros.
A sua escrita tem mel e poesia mesmo nos momentos que fala de dor, de tristeza e isto acontece porque tem fé na vida.Todos que já passaram por perdas correm um risco grande de passar para o lado amargo da caminhada, o fio é tênue e tentador muitas vezes e o que me encanta na sua história é que nenhuma das suas dores te fez ver a vida desbotada. Parábens! bjos

Carla Said disse...

"Choro com o passado pleno. Choro com o futuro sonhado. Choro com o presente como é. O que tenho e o que perdi. O que perdi para me ganhar. Tenho tanto então. Tenho em primeiro o olhar para ver. Tenho o que me permite reconhecer."


Eu volto na tentativa de, por osmose,perceber o mundo positivamente como você percebe.

Excelente post, como todos os outros...

Beijos a você e ao Francisco

Andrea disse...

Lindo, Cris. Sempre lindo e emocionante ler suas impressões sobre o mundo e suas emoções...
Beijos prá vc e pro Cisco.

Amanda Mirasierras disse...

Acredito que quem esteja de fora, não envolvido numa situação dessas, tenha sempre uma opinião ou uma idéia do que se passa. Mas só quem vive todos os dias uma história como a sua sabe que a dor, a saudade, a tristeza, estão sempre presentes sem, no entanto, se mostrarem necessariamente a todos.
Dá para sorrir, mas é preciso existir uma válvula de escape; acredito que a sua seja essa aqui.
Eu sei que isso não muda nada, mas realmente entendo o que você diz. =)

Pequena disse...

Karina,

Acho que o seu comentário merece uma resposta com calma, até porque tenho pensado um pouco sobre isso e percebo que muita gente enxerga as coisas de uma forma equivocada.

No próprio dia da morte do Gui, mil coisas vieram à minha cabeça e essa foi uma delas. Eu não queria nem achava justo, por mais profundo que fosse o meu amor, ficar com o estigma da eterna viúva. Quando uma pessoa morre corremos o risco de mitificá-la, afinal ela nunca voltará para nos fazer lembrar que ela era falível e cheia de defeitos. No meu caso com o Gui esse perigo era ainda maior porque o nosso amor era muito intenso, eu realmente desconhecia um sentimento como aquele que eu tinha por ele. Eu sempre falei do Gui e manifestei o meu amor enquanto ele estava comigo, eu não precisei que ele morresse para entender ou manifestar isso. Mas nossa vida juntos teve momentos difíceis e eu faço questão de falar sobre isso por aqui. Tínhamos achado o ponto, estávamos maduros e vivendo o momento mais sublime da relação, isso é fato. E um amor interrompido assim no auge parece até uma piada do destino.

Eu me lembro de falar sobre isso com meus amigos assim que cheguei em casa, ainda sob o efeito da nova realidade que havia caído feito uma paulada sobre a minha cabeça. Mas a vida corria rápido e nem deu tempo de pensar no fantasma desse estigma. Eu tinha que correr para deixar tudo pronto para a chegada do Francisco. Depois que o Francisco nasceu – e isso eu nunca contei aqui –, quando eu finalmente achei que poderia colocar pra fora toda a dor, chorar e também viver o momento de ganho que era a chegada do meu filho, a amamentação e aqueles momentos que não voltam mais, o dono da empresa em que eu trabalhava teve a insensibilidade de pedir que eu voltasse da minha licença 40 dias depois do parto, deixando subentendido que, se eu não o fizesse, mais tarde o meu emprego estaria ameaçado. Enfim, tive que me preocupar com questões básicas, de sobrevivência, com a dor da falta me atravessando por dentro. E tudo isso junto poderia me impedir de curtir o momento mágico que era a vinda do meu filho e a construção de uma intimidade com ele.

Quando o Francisco tinha 4 meses eu resolvi fazer o blog, mas foi num impulso, como quase tudo na minha vida. Não pensei: "vou escrever para o Francisco a história do pai dele". Apenas senti que estava pronta e precisava me expressar. E assim fiz. Coloquei tudo num blog porque eu queria poder partilhar com amigos meus e do Gui, pessoas que, de alguma forma, pudessem ter acesso àquele conteúdo que tinha um que de desabafo, um que de homenagem, enfim, era sentimento puro.

Nunca achei que fosse ser lida, que a coisa fosse se espalhar. Depois disso, tantas coisas maravilhosas têm acontecido. E saber que partilhar a minha história, de alguma forma, contribui para a vida de algumas pessoas já me faz pensar que existia algo maior por trás de tudo o que aconteceu. Descobrir que posso e sei escrever, descobrir leitores para a minha escrita, tudo isso é um grande presente do Gui, do Francisco, da vida. Não há como voltar atrás. O que aconteceu tinha que acontecer, foi forte, tinha uma coisa dizendo para que eu fizesse isso e o blog acabou me ajudando, profundamente, a elaborar o meu luto. Não sei o que teria sido de mim sem ele. Não sei que preço o Francisco acabaria pagando se eu não tivesse esse espaço para elaborar a perda e, assim, transformar a dor. Tudo isso se deu sem que eu raciocinasse, sem que eu tivesse a pretensão de. E talvez agora esteja se mostrando um preço, que é passar para as pessoas uma impressão de que eu vivo de luto. O que não é verdade – e acho que meu outro blog ilustra um pouco isso, mas não vou usar nem ele nem nada para tentar provar o contrário. Quem tiver a coragem de chegar perto saberá.

Durante esse período, já tive alguns namorados, e o primeiro veio bem mais cedo do que as pessoas esperam. Só que amores não são fáceis de se encontrar. Se há a dificuldade de haver um homem que tenha a coragem de se relacionar comigo, se é que ela existe mesmo, ela não reside no fato de eu publicar ou não as minhas lembranças com o Gui. Acredito que existam homens que não vão querer se relacionar comigo não apenas porque eu fiquei viúva ainda jovem, com um filho pequeno prestes a nascer, mas porque não dariam conta de outros passados e outras histórias.

Mas se a gente parar pra pensar, a minha história pode ser vista por vários pontos de vista. Um deles é o que conclui que eu sou a viúva eterna; outro é o que vê a minha grande capacidade de amar e de ver a vida de um jeito positivo. É por esse ponto de vista que eu me vejo.

Meu amor pelo Gui ocupa um espaço que deve ser respeitado, mas não impede outros amores de acontecerem, com suas dimensões e sua importância. Tenho uma vida inteira pela frente e posso encontrar outro grande amor na vida, assim como já tive, antes do Gui, um primeiro namorado que foi muito importante, um segundo, um terceiro e assim por diante.

Uma das coisas mais bonitas no primeiro namoro que tive depois da morte do Gui foi o fato de ele acompanhar o surgimento do blog e ser um dos meus maiores incentivadores. Um cara sensível e corajoso assim tem tudo para me conquistar. Amor não é limitado, amor é infinito. E eu tenho muito dentro de mim.

Um beijo com todo o carinho e gratidão,

Cris.

Erika Maciel disse...

Choro também,Cris! E não é de agora que leio os lindos textos que vc descreve sua história. É desde que conheci "A história", contada pela minha prima Giuli.Hoje acompanhando de perto aqui no blog,lágrimas surgem sem querer, e não são de tristeza, pena ou compaixão.É de emoção por sua coragem, força e determinação. Não é a toa que seu sobrenome é Guerra!
BJOSS!!!

Anônimo disse...

Cris, vc a cada dia surpreende mais e mais com suas palavras.Depois que comecei a ler seu blog, estou tentando não sofrer tanto por coisas banais, ou sofrer muito, mas de uma forma que os meus sofrimentos me ensinem alguma coisa.Te admiro muito. Bjs no seu coração.
Biana França.

Lupe Leal disse...

"Não se vive uma vida de ontens."
Bons hojes.

abraços,

Nina disse...

Uau! sem palavras pela resposta que vc escreveu. Show de bola!

e sobre o post, ahhh, eu tenho tantas recordaçoes boas da minha vida, adoro lembrar, adoro chorar, foi tudo tão bom, me fez crescer, apredner, ser quem eu sou hj, e ainda me faz um bem danado. Mas tbm tem as lembranças ruins, e essas machucam, mas depois das lágrimas, me renovo.

E to contigo viu Cris, tem sim, homens maravilhosos que vão entender perfeitamente seus sentimentos, suas saudades. Os insensíveis, ficarão de longe, mas quem os quer???

Beijos no coração e vai sim lá na feira francesa, comer um crepe e tomar um vinho, se alegrar ainda mais, e a K é maravilhosaaaaaa, gosto demais dela!

Dri_ disse...

O que é o 'ponto de vista', não?

Eu nunca te vi como viúva, agora lendo é que a ficha me caiu...

E sai pra lá com essa história de burca rsrsrs

Eu conheci primeiro esse espaço, aí quando cheguei no Hoje, fiquei tão feliz!!!

E se há mulheres que valem a pena (como eu, como você), acredito que existam homens também.

Um beijo, e obrigada pelo carinho dispensados a nós aqui.

Juliana Motzko disse...

Que música linda! Vamos tentar descobrir de quem é!! Tenho algumas suspeitas.. mas vou pesquisar.

Cris, acho que é o que falaram já... seu blog não representa o "vestir o preto"... mas sim, a esperança de que mesmo com as coisas e fatos tristes da vida, é possível tirar grandes lições e seguir em frente.
A vida é muito curta, precisamos mesmo curti-la ao máximo e tentar fazer das lágrimas incentivos para prosseguirmos na caminhada.

Tenho certeza de que tem gente muito orgulhosa de você lá em cima, viu? ;)

beijos, ótima semana!

Anônimo disse...

Cris. eu adimiro muito sua forma de levar a vida, penso que eu agiria da mesma forma.
E sobre outros relacionamentos, o respeito deverá sempre prevalecer em ambas as partes. Edinho tem 29 anos, e eu 20, ele já teve outras tantas mulheres na vida e eu poucas ficadas, alguns namoros rápidos.
Ele tem mais lembranças do que eu, e sempre respeitei o passado dele, mas nunca permitir que eles voltassem no presente.
Dou o meu melhor e procuro ser a melhor esposa, pra não haver a nescessidade do passado vir à tona (é claro que ele existe, mas não mexo, e sei que ele tbm não).
No seu caso a um fruto desse passado, o que torna mais difícil, mas pra isso existe o equilíbrio entre o ontem e o hoje. Leve a vida!
Deixe seu destino te guiar!
Seja sempre muito e muito feliz. Não viva apenas na procura de outro amor, se ele tiver que aparecer, vai ser da melhor maneira e no momento certo.
Aproveite bastante esse pimpolho, pois eles crescem muito rápido, e cada dia é uma nova surpresa.
Desejo paciência, paz de espírito e felicidade.
Mesmo estando tão longe, sinto vc bem perto!
Sâmia Leite.

(desculpa qualquer coisa, apenas opinião)

Estrela disse...

Cris, o entendimento da vida é como o teu gostar por esta música: não sabes exatamente o que diz nela, de quem é, para qem foi. Só a sentes e sabes qualificá-la pelo bem que ela te faz. Assim são também as pessoas, os fatos que passam pela nossa vida e deixam marcas: fechamos os olhos e sorrimos com eleas, por elas, passado, presente ou futuro.
Um beijo!

Marta disse...

Cris,
você me ensina tanta coisa...
Logo te escrevo uma daquelas cartas contando como anda a vida, minha e da Julia.
Um beijo,
Martinha

Anônimo disse...

A cada post é mais uma lição de vida.
Obrigada por divir conosco os seus tombos, mas tb por dividir as suas vitórias.

Marisa
(texas)

pensamentos simples disse...

Fico aqui, te lendo, quietinha, mas, no post anterior, uma coisa incrível me surgiu.

Ah, antes de mais nada, sou daquelas românticas que vivem torcendo e correndo atrás de um belíssimo "happy end".

Explicado isso, voltemos.

A primeira vez que te li, foi na revista Seleções. Comecei a ler, torcendo por um "happy end", mas ele não veio. Depois virei leitora assídua do blog e, lendo "O berço", lá estava eu, de novo, torcendo para outro "happy end" e nada!!!

De início, nas duas leituras, fiquei frustradíssima!!! Depois, pensando cá com meus botões, notei que não se trata de "happy end", mas de um "happy development". Suas histórias não tem um final, não só as suas, mas as de todos nós... Nós é que decidimos quando, onde e como pontuar a história e o sinal mais definitivo é o ponto final. E você usa reticências!!!

Agora que me veio essa luz, a de ver que as histórias não se acabam, vou tentar rever meus conceitos, tão bem cultivados por 32 anos, para parar de colocar pontos-finais e usar mais as reticências... de deixar de lado o definitivo e me encantar com o "por vir". Não com o tom melodramático de esperar pelo futuro, mas de cultivar o presente, para que ele seja florido (ou, pelo menos, divertido).

Beijo!!!

pensamentos simples disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Conheci o Hoje Eu Vou Assim e resolvi conhecer o Para Francisco porque vi este blog na tag amor. Amei como você conversa com o seu filho para ele lembrar do pai quando crescer. Lindo demais. Beijos Nathalie.

Anônimo disse...

Cris,

eu te leio e te vejo sempre muito colorida, nunca de preto.

E não acho que seja preciso coragem pra se aproximar de você... seria preciso muita sorte, pois acho que aqueles que te conhecem pessoalmente são privilegiados.

Podem ver ao vivo essa pessoa tão cheia de vida, de emoções, de cores...

Beijo, Lila.

Anônimo disse...

A Cris tem a alma mais colorida que existe...inexorável sempree!!!
bjuu

Anônimo disse...

Oi... bom entrei aqui atravez de outro blog.... esta procurando umas coisas... mas quando entrei no sei... li o header da pagina...
Parabens pela garra!
Muito legal o forum....

O garotao é lindo! heheeheh

Parabens!

até.

Lúcia disse...

Caí aqui nesse blog meio sem querer, passando de link em link e confesso uma coisa... já tô aqui a um tempão e fui passando de um post prá outro, e antes mesmo de terminar a leitura de um já ficava imaginando como seria o próximo! Nunca tinha tido vontade de indicar um blog (através do meu) e agora não vejo outra saída. Esse blog é pura emoção! Te conheço a tão pouco tempo e já quero saber tanto de você...
Você é mais que demais!

Anônimo disse...

"...como um vento vindo do mar, um mar anterior, um mar quase infinito onde nenhuma gota é passado, nenhuma gota é futuro, tudo presente imóvel e em ação contínua..."

trecho de um dos textos do Caio Fernando Abreu. Lendo ele, lembrei desse teu texto aqui...quase uma telepatia entre as palavras. =)

Carla MB disse...

Cris,
Uma amiga me falou do seu blog, e confesso que estou viciada nele. A sua forma de escrever me cativou, por ser sincera, por ter força, por seguir em frente.
Espero que me permita "linka-lo" no meu www.mulheres30plus.blogspot.com, eu ficaria muito honrada...
Bjôooo

Anônimo disse...

Pequena (acho graça, vc é mais velha que eu, mas é assim que chamo minha filha),
Só te conheço por aqui, e por aqui te vejo de muitas cores, mas nunca de negro.
Um beijo e boa sorte nessa sua história, fadada a um final feliz.

Carol Sousa disse...

Vejo você como um livro de páginas intermináveis. Ainda assim, não consigo mais parar de lê-la.
Um livro que está no TOPO da lista dos mais excepcionais!!!!

Força...

bjos...

Anônimo disse...

"É bom olhar pra trás
E admirar a vida que soubemos fazer
É bom olhar pra frente
É bom o que é igual
Olhar, beijar e ouvir cantar um novo dia nascer
É bom e é tão diferente..." Nando Reis...

Clara B.

Anônimo disse...

Sabe o que mais gosto em você, Cris? Sua delicadeza. Sua generosidade. Sua clareza diante da vida, das perdas, dos ciclos. Linda a sua "explicação" do valor do blog e dos seus motivos para tocá-lo em frente. Linda sua relação com o Gui e com o fruto dessa relação, o tão querido Francisco. Eu admiro você pela perspectiva que me dá de também poder olhar pra frente e ver diferente. Ver o "positivo" da vida. Um grande beijo, Ju

What I know disse...

Cris,

Faz tempo que não te vejo, faz tempo que não lia notícias suas... Essa história do luto é "engraçada". Tem gente viva que está de luto de sua própria vida, tem gente morta, em luto (de luto...) travando uma guerra pela vida (própria, alheia...)

Voltei aqui para ver seu sorriso, e tentar achar o meu. Voltei aqui, pq sabia que me faria bem ler a sua maior alegria.

Gostei tanto mais do seu comentário... Pq a dor e a alegria nunca avisam a sua chegada. Não são previstas anunciadas, mto menos escolhidas....

Obrigada Cris, por colocar em meu coração a vaga lembrança do meu sorriso.

Sim, estou triste sim. Com várias tentativas frustradas de chorar, mas acima de tudo estou bem. Pq tenho consciência da minha tristeza e sei qual o caminho tenho que percorrer.

(só um pensamento vago: se vou percorrê-lo, são outros quinhentos)= passou rsrs

Um bjo colorido de preto, branco, rosa, amarelo, baunilha, morango, verde, céu, flores e algodão!

Seja assim: sempre mais!

(erros de português?? aceitáveis..)

PSpissoto disse...

Li seu blog do começo ao fim. E do começo ao fim chorei. Sua história é triste, é linda, é alegre...São misturas de sentimentos que surgem a cada leitura, em cada leitor.
Minha mãe, como pedagoga e excelente mãe que é, já teve que consolar muitas crianças que perderam familiares queridos.
Ela sempre dizia a todos:
A morte é como uma ferida. No começo ela dói e a gente sente muito. Mas com o tempo essa ferida se torna uma cicatriz e passa a não doer tanto. Ela continua ali, a gente pode olhar e pensar nela todo dia. Mas não dois mais.
Estou orando para que sua vida seja linda e a do Francisco maravilhosa.
Que Papai do Céu te acompanhe sempre.
Um super beijo, Patti

Anônimo disse...

Já assistiu um filme chamado: ps. eu te amo. ?? vale muito a pena
;***

raisa andrade. disse...

eu vivo futucando a sua história sem me manifestar... e é tão puro, sincero e lindo!
das mulheres mais interessantes que ja vi, assim, de verdade, sabe? tocaveis e tocantes... linda, linda!
luz e sucesso!

Anônimo disse...

CRIS, ASSISTA AO FILME PS.: EU TE AMO, DE UMA JOVEM MOÇA QUE PERDE O MARIDO. LINDO E FORTE DE MORRER

Magenta disse...

Oi Cris, descobri seu blog a pouco tempo, na verdade, sou diretora de arte, e alucinada por moda. Então acabei achando o seu blog "hoje vou assim", e dele vim parar no "para Francisco". E queria te agradecer. De coração. Porque bem quando caí no seu blog, estava passando por um dia difícil, chato, achando quase insuportável. E quando li seu blog, meu dia mudou. A forma como vc escreve, e aprende uma lição a cada dia, e a esperança que vc enche seu filho.... Vc passou por tanto, e ainda escreve com uma delicadez e sensibilidade de quem é muito feliz. Parabéns, e obrigada por ajudar as pessoas que te leêm.

Muwaji disse...

Olá Cris!
Frequento aqui, mas hojue estou a favor de uma causa, ecomo você é mãe vai entender muito bem o que essas mulheres passam, se você puder, dá uma visitinha neste blog: http://eusouafavordavida.blogspot.com/
Brigadão e bjos

Não será dito... disse...

Oi Cris!
Faz mais ou menos 1 mês que entro todos os dias para ver suas roupas no outro blog. Viciei..sempre achei todas as produções muito bacanas. Mas hj por acaso cliquei no link - Para Francisco, e confesso que estou muito emocionada com tudo q li. Sempre te admirei por suas roupas... mas hoje te admiro muito mais pelo seu coração. Parabéns! Vc é uma inspiração para todos nós! Bjo grande pra vc e pro Francisco!

Karla Maria disse...

Cris,
no dia que vc cobrar por tudo que nos ensina eu vou a falência.
Bjs

Beatriz C. disse...

Lindo post, maravilhosa música...

Não consigo te ver vestida com uma burca preta; te vejo de todas as cores, sorrindo sempre, sendo cada dia mais forte e linda...

Eu sou quase como vc, choro muito, mas por motivos não tão dignos quanto os seus...

Beijos enormes para ti e para o Cisco!

Dani Sindeaux disse...

Eu sempre volto aqui, sempre me faz bem ler o que você escreve, me dá uma paz sem tamanho e eu não consigo explicar o porque, mas também me dá uma vontade danada de chorar, não sei pq, mas o fato é que sempre volto, vc é uma pessoa muito forte e linda, te admiro muito. Dani

Anônimo disse...

Vi sua história na TB Globo, lembro que cheguei da faculdade e assisti o programa, chorei muito, pq tb perdi um grande amor no passado, perdi a inocência, a pureza, a tolerância junto com esse amor, um amor que não foi Deus que o levou de mim, mas sim a vida me mostrou que o meu amor era grande demais por alguém tão pequeno. Tb tenho um fruto desse sentimento, um anjinho de 9 anos, que significa muito pra mim, muito mais do que imagina...
Que Deus te conserve sempre assim, muita força, saúda à vc e Francisco.

De alguém que te admira
Rosane

Anônimo disse...

Cris,
você está escrevendo um livro mágico...
já disse uma vez e repito:
te admiro muito...

tuas palavras são encantadoras em diversos tons...
você é luz, é poeta, é mãe e uma mulher incrível!

um beijo!

reticente disse...

sim, utlizando seu texto, foi assim que "li" o blog: "A água brota dos meus olhos – e não é de tristeza."

luz!