terça-feira, 31 de agosto de 2010

Novas Francisquices.

– Não, eu não tô com prisão de vento, Mamãe!

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– A gente tem que assistir ficução. É muito bom, ficução.

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– Para com essa conversa afiada!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Francisquices.

1.

A mortadela é sua mais nova conhecida, apresentada pelo Vovô Luiz.
Ontem, depois de comer três fatias e querer outra, Vovó disse não.

– Você vai passar mal, Fran.

– Eu não vou nem avumitar!


2.

– Vovó, tênis é comida?

– Claro que não, Francisco. Por quê?

– Porque a Nina tá mordendo o meu.


3.

Há alguns meses você me mostrou um New Beetle e perguntou:

– Que carro é esse, Mamãe?

– É o New Beetle, filho. Uma releitura do Fusca.

(Você tem de onde puxar seu senso de humor.)

Desde então, ao ver um New Beetle ou um Cinquecento na rua:

– Olha, Mamãe!!! Uma releitura!!!!!


4.

Olhando sua foto de terno no dia do casamento da Laura, em que você era pajem, mas se negou a entrar na hora H:

– Vovô, você viu a foto do Francisco casado?


5.

– Mamãe, eu sei tirar foto, sabia?

– É mesmo, Francisco? – respondo sem prestar muita atenção, ocupada em redigir uma mensagem pelo celular.

– É, sei tirar fotos de pessoas.

Silêncio da mãe ocupada.

– Você não vai falar que eu sou legal?


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Curtinhas.

Com a Vovó Odette:

— Francisco, para de provocar a Nina, que ela acaba te dando uma bela mordida.

— Mordida não é bela, Vovó.


Essa madrugada, em casa:

— Quero Toddy, Mamãe.

— Não pode tomar Toddy no meio da noite, filho. Se quiser água eu te dou. Toddy, agora, não. Só de dia.

E o dia amanhece.

— Tá de dia, Mamãe!

— É mesmo, Francisco. Bom dia!

— Quero Toddy.

sábado, 7 de agosto de 2010

Simples assim.



— O dia tá lindo, Mamãe, não dorme mais não!

Foi assim que eu acordei hoje. Na sala, havia um presente já aberto. Sem cerimônia, você o pegou e me entregou. Era o presente de dia dos Pais da escolinha.

– E esse desenho lindo, filho? Quem é?

– Você e o meu papai.

Meu lado criança achou divertido ganhar presente também no dia dos Pais. Comentei:

– Eu sou sua mãe e sou seu pai, né, filho? Por isso ganhei o presente.

– Não, você não é meu Papai. Meu Papai tá lááá no céu. Ele comeu muito sal e morreu, né?

É, filho. Parece que sim.