terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Tempo, tempo, tempo.



Ontem vi você se apoiando em uma cadeira para ficar de pé. Eu assistia à cena do mesmo ponto de vista que, um ano e pouco atrás, via seu pai montando a mesma cadeira. Às vezes ainda é muito difícil acreditar, entender, aceitar que vocês tenham sido separados pelo tempo. Estranho pensar que sou a conexão entre pai e filho que nunca vão se conhecer. Fico a me perguntar por que em minha vida fica sempre a impressão de que alguém vai para que outro possa vir. Volto um pouco no tempo e percebo que estivemos sempre correndo um do outro. Eu e ele, o tempo.

Nasci quatro anos depois da quarta filha – e meus irmãos vieram seguidinhos, um ano após o outro. É como se eu estivesse sempre chegando atrasada. A infância dos meus irmãos correu de mim. Sozinha eu inventava brincadeiras – até acredito que tenha sido feliz, mas isso com o tempo cansa – e sempre falei muito comigo mesma. Fui a última da turma a menstruar, beijar na boca, namorar, casar. Demorei muito pra ver o lado bom disso.

Eu me lembro quando minha mãe morreu e eu disse chorando pra minha irmã: “Ela não vai me ver casar”. Essa era a minha principal preocupação – era assim que eu tinha aprendido. Nem minha mãe, nem meu pai. Eu me casei sete anos depois da morte da minha mãe, seis meses depois da ida do meu pai, a despeito de uma sensação lá no fundo de que eu não seria feliz. E me apressei em engravidar, depositando aí toda a minha esperança de felicidade. O filho aconteceu, mas escorreu das minhas mãos. Depois outro filho, outra perda. Era a vida me dizendo que naquele caminho eu não seria feliz.



Nesse meio tempo, perdi minha avó e grande amiga. Ela tinha 95 anos, mas, como até então as minhas perdas não tinham lógica, achei que ela pudesse ficar mais. Mas as faltas costumam revelar verdades: coincidência ou não, poucos meses depois me separei.

O tempo trouxe seu pai à minha vida numa rapidez incrível. Éramos amigos, falávamos um pouco de nós um para o outro. Entre um cafezinho e outro, trocávamos confidências. Até que um dia ele me confidenciou coisas muito boas de se ouvir. Eu me lembro da rapidez com que aquelas palavras tiveram efeito em mim.

E o tempo continuou correndo assim: ora se estendia, ora passava rápido demais.

No caso do seu pai, aquela urgência inexplicável era proporcional à intensidade do que eu sentia. É claro que eu relacionava a minha pressa às minhas perdas. A essa altura, meus sonhos de criança tinham ficado para trás. Meus pais não me viram casar, não me viram ter filhos. Nem minha avó Juju viu um filho meu, e sei que ela sonhava com isso.

No pouco tempo que eu e seu pai tivemos, idas e vindas mostraram que nosso tempo não era o mesmo. Mas tempo algum foi capaz de nos separar.

Quando você veio, a mãe da minha mãe ainda estava viva, mas tão doente que nem compreenderia se eu contasse que eu estava grávida. Em alguns meses ela literalmente descansou. O que mais posso dizer de uma mulher que ficou viúva aos 23, criou três filhas, nunca mais se casou, ficou dois anos numa cama e só parou aos 91? No mínimo, que ela exigiu demais de si mesma. Seu pai não teve tempo de conhecê-la, mas foi comigo ao enterro – que, ironicamente, foi dois meses antes do dele.

Acho linda a maneira como o Gui conviveu com a memória dos meus pais e da minha avó Juracy. Mesmo sem tê-los conhecido, falava deles com orgulho e ternura, como se sentisse saudade, como se há muito fossem amigos. Quem saberá dizer se não foram mesmo. Uma vez chegou contando que na sauna do clube um senhor mais velho falava de seus tempos de basquete e ele, orgulhoso, contou: “Você deve ter conhecido meu sogro, ele jogou basquete no Ginástico.” E os dois bateram um longo papo sobre meu pai, sem que o homem tenha percebido que eles não tiveram tempo de se conhecer.



No clima dessa lógica invertida, vivi a sua vinda com alma de criança. Entendi que era a minha hora de ganhar. Seu pai também nasceu de novo com a perspectiva da sua chegada. Não que ele tenha vivido grandes perdas antes, mas chegou a embarcar por caminhos infelizes – e a sua vinda significava para ele a vida fresca de novo.

Nunca seríamos capazes de pensar na possibilidade do pai não chegar a conhecer o filho. A vida exagerou na dose.

O fato é que eu sempre me senti diferente e por um tempo lutei contra isso. Foi inútil. Queria ser convencional, mas não era para mim. As tatuagens que estampo no corpo falam muito pouco dessas diferenças. Aqui dentro existe uma mulher que já teve seus sonhos de princesa. Mas, se assim não me foi a vida, procuro levá-la da maneira mais divertida e mais sincera.

Pari você com a perspectiva de um namorado novo. Sim, porque eu sabia o que era a morte. Sabia que seu pai não ia me ligar de novo, nem me mandar um email. Eu já conhecia esse silêncio. Embora confesse que, vindo dele, me assustou.

Hoje: no papel, sou separada; de fato, sou viúva; na prática, sou mãe solteira. Convivo com uma presença que não me deixa esquecer a falta. E ainda assim me sinto uma menina.

Durante a minha vida, este parece ter sido o grande desafio: aprender a lidar com o tempo, entender que não sou a dona dele. Algumas coisas aconteceram tão tarde, outras, tão cedo. Ou muito de tudo ao mesmo tempo.

Mas quando olho pra você, filho, vejo que ainda tenho tanto tempo pela frente. Tanto tempo bom. Você tem tempo comigo e terá um tempo só seu. Não é preciso ter medo. É preciso aprender. Fazer as pazes com o tempo e entrar em sintonia consigo mesmo. E principalmente entender o que essas linhas tortas nos trazem de presente. Acho que estou no caminho.

61 comentários:

Anônimo disse...

Não consegui dormir ontem, só pensando nas palavras , na história, e nos sentimentos aqui contidos.
Parabéns por conseguir transformar uma dor tão profunda em palavras tão tocantes.
Com certeza mudaram a minha vida.
E com certeza continuarei lendo, e indicando aos meus amigos, para que mudem as deles também.
Obrigada.

Bel disse...

"A vida exagerou na dose". Essa frase me marcou.

Beijo e um lindo dia pra você e pro Francisco.

Anônimo disse...

Eu tenho certeza que vc vai conseguir lidar com esse tempo.Ali�s,j� esta conseguindo.
A vida te tirou tantas coisas,mas te deu uma ben�o maravilhosa,o lindo Francisco!!
Fica bem,um beijo com todo o meu afeto,
Adriana.

Maria dos Açores® disse...

Cris, a vida prepara-nos várias partidas como que para saber como vamos agir perante elas. Há uma frase que gosto muito de dizer "O que não nos mata, torna-nos melhor" mas a verdade é que pode-nos não matar mas... magoa, mói, desespera, leva-nos a pensar para quê viver um sofrimento desses... Mas também acredito que as coisas só acontecem quando têm de acontecer, é porque estava destinada para nós, e só nós é que tinhamos força para a viver... As perdas que tiveste durante a tua vida, tinham de acontecer para te ajudarem a suportar a perda do Gui... parece injusto que assim seja, mas é a realidade... os pais e os avós todos nós sabemos que um dia, mais cedo ou mais tarde, pela lei da vida, havemos de os perder, mas um amor... o nosso grande amor, não, esse não, esse é para sempre, para a eternidade... e no teu caso ainda mais porque desse amor nasceu o Cisco, e esta ligação jamais se irá quebrar... A nossa vida é feita de perdas e ganhos, e todas nós esperamos que sejam mais ganhos do que perdas... e até é assim, se pensassemos que a perda até é um ganho, não a perda em si mas o facto de se ter conhecido essa pessoa... amado, sonhado, planeado, vivido e de ela fazer parte na nossa vida, tudo depende como se encara a situação... Neste sentido és uma grande guerreira, uma grande Mulher porque o teu sofrimento levou a que desses uma grande prova de amor, tanto ao Gui como ao Cisco, porque ao fazeres este blog, estás a celebrar o amor que viveste com o Gui de modo a que o Cisco, quando crescer, conheça a história de amor dos pais, e ainda, com as tuas vivências e palavras, estás a ajudar-nos a conhecermo-nos melhor... a amar mais a vida... a darmos mais valor ao que tomamos como certo... E por isso só tenho de te agradecer: Muito obrigada Cris, por tudo o que me tens ensinado e por fazeres parte da minha vida...
Um beijo com muito amor para ti e para o Cisco

Anônimo disse...

Cristiana,

conheci o seu blog há pouco tempo, mas o suficiente para que seja o meu preferido.
É incrível a maneira como vc escreve e descreve, tão bem que deixa a gente meio torpe de tanta emoção.
Chorei muito lendo a sua história, e já contei pra um monte de gente.
E toda vez que eu entro aqui sinto vontade de chorar, mas quase sempre estou no trabalho, e ninguem ia entender...
Parabéns pelo blog!
O Francisco tem muita sorte de ter vc, e quando ele puder ler isso aqui, tenho certeza, vai ser muito agradecido também!
Um grande abraço!

Anônimo disse...

"Hoje: no papel, sou separada; de fato, sou viúva; na prática, sou mãe solteira. Convivo com uma presença que não me deixa esquecer a falta. E ainda assim me sinto uma menina."

Cris,

Outro dia fiquei pensando nisso... Que você era tantas coisas no que diz respeito ao "estado civil"...

Quanto ao tempo, compartilho de uma sensação estranha em relação a ele.

Há algum tempo alguém me disse que era necessário fazer as pazes com o tempo... andei pensando nisso um pouco, e de certo modo, tentando me ajustar a ele, ao tempo, a fazer minhas pazes com ele.

Uma das coisas que mais gosto de vir aqui todo dia é que sempre tem uma boa lição de vida que serve a mim, que ilumina o meu dia.

Pequena querida guerreira,

beijos, Kika

cynthia fonseca disse...

Cristiana,

É incrível como a sua história se parece com a minha. Veja as coincidências: tenho 37 anos, fiquei viúva no ano passado, também de surpresa, meu filho nasceu no final de 2006 e só conviveu com o pai por 3 meses.
Diferente de vc eu também tenho uma filha de 04 anos que sofre tanto quanto eu ou mais.
o que vc escreve descreve grande parte dos meus sentimentos. Eu também sofro muito quando olho para os meus dois pequenos de pensar o quanto vão perder por não conviver com o pai e de pensar como ele ficaria feliz com o desenvolvimento deles.
Parabéns pela sua iniciativa e felicidades.
Cynthia

Sofia disse...

Conheci esse blog hoje de madrugada e já me apaixonei. Você escreve com muita sinceridade e ternura, e isso é encantador.
Vou voltar aqui sempre. :)
Por hora, deixo meus votos de um dia tranquilo e bom pra você e pro Cisco.
Um cheiro! :***~

Nina Salgado disse...

Eu tive tempo e sorte de conhecer o Gui.
E nos últimos tempos tive o prazer de conviver com a Cris.
Que linda vc é.
Bjos

Anônimo disse...

É..tive a mesma sensação que vc, quando o pai da minha irmã morreu, e depois, minha mãe casou e eu nasci. Houve a perda, mas depois eu vim...às vezes até me sinto culpada, mas, de quê? Enfim...ser humano deixa tudo complexo, questionador mesmo.
Força, Cris. Pra nós.
beijo
tita

Unknown disse...

o bom de tudo isso, se é que existe um lado bom, é que vc pode criar sua estória da maneira mais linda possível! Por essas e outras eu sempre digo: viva o lúdico!
um beijo

Cristiana disse...

Você já está criando o Francisco com muita poesia, Cris! Seu amor em dobro fará dele uma criança feliz, um adulto saudável !

Cristiana disse...

Comentário sobre a primeira foto, lá em cima: a irmã que está a seu lado tinha naquela época o mesmo olhar que você me parece ter hoje. Cristiana.

Thales e Graziela disse...

...a minha amiga Cris contou e eu vim conferir e agradeço por ser uma mulher desse nosso tempo onde encontros especiais e imporváveis se tornam possíveis. Seu blog é lindo e faz sentir e pensar em sí mesma com profundidade. Obrigada por compartilhar tanto. Esse Francisco tem muita sorte e você também pelo que é e pelos amores que tem .

beijos, Graziela

Anônimo disse...

"tempo amigo,
seja legal..."

cris, força.

obs.: que fotos lindas, meu deus. que sorte a sua ter fotos antigas assim, essa do basquete surpreendeu. e o vestido da sua mãe nesta última, que maravilhoso.


vc me encanta!

Camis disse...

Vou plagiar o anônimo acima e dizer que você me encanta! Se isso aqui fosse um livro (e um dia pode até ser, né?), seria um dos meus favoritos!
Beijo!

Rê Byte disse...

Cris,

me identifiquei muito com este post. Não posso comparar as suas perdas com as minhas. Mas eu e tempo sempre corremos do lado ao contrário.
Com isto deixei de acreditar em muitas coisas.
E comecei a acreditar que algumas coisas, alguns sonhos, simplemente não são para mim.
Sei que muitas pessoas acham que eu sou pessimista.
mas não me considero assim. Sou uma pessoa até muito feliz. Só deixei de acreditar.
Hoje prefiro não fazer planos. O plano máximo que faço são minhas férias daqui a 2 meses.
Acho que sou mais feliz assim.

PS: adorei o RSS. Ficou fofo :-)

beijocas,
MLN

Rê Byte disse...

Cris,

Aproveito para te deixar a letra de uma música que sou apaixonada.
E acho que tem tudo a ver com o que você escreveu.

beijos ;-)

Tempo Rei
Gilberto Gil

Não me iludo
Tudo permanecerá
Do jeito que tem sido
Transcorrendo
Transformando
Tempo e espaço navegando
Todos os sentidos...

Pães de Açúcar
Corcovados
Fustigados pela chuva
E pelo eterno vento...

Água mole
Pedra dura
Tanto bate
Que não restará
Nem pensamento...

Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...

Pensamento!
Mesmo o fundamento
Singular do ser humano
De um momento, para o outro
Poderá não mais fundar
Nem gregos, nem baianos...

Mães zelosas
Pais corujas
Vejam como as águas
De repente ficam sujas...

Não se iludam
Não me iludo
Tudo agora mesmo
Pode estar por um segundo...

Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Oh Tempo Rei!
Transformai
As velhas formas do viver
Ensinai-me
Oh Pai!
O que eu, ainda não sei
Mãe Senhora do Perpétuo
Socorrei!...(2x)

Anônimo disse...

No dia em que Francisco puder ler tudo isso aqui ele vai rir e vai chorar, mas além de tudo, ele vai sentir orgulho de ter tido a sorte de ter uma mãe como você.
Parabéns por você.
Beijos

Anônimo disse...

Oi, Cris!

Vi o link comentando sobre sua história no blog de uma amiga.
Passei só pra conferir e acabei ficando... li todos os posts do mês de janeiro e me emocionei muito com tudo.
Você é uma pessoa iluminada, e a história de amor de vocês foi tão bonita que resultou numa pessoinha que há de ter muito orgulho disso tudo. Como li em algum lugar aqui, "o amor virou gente"!

E eu já virei sua fã, tanto que salvei nos meus favoritos e voltarei mais vezes.

Beijo grande,

Shê

Pequena disse...

Rê (Minha Lua Nova), você disse tudo com essa música. E saiba o seguinte: depois dos dois abortos, um dia eu disse que se tivesse um filho seria sem planejar, ele aconteceria. E o Cisco aconteceu com uma força impressionante, totalmente sem planejar. Sou do seu time: aliás, nem as férias eu tô planejando mais. Cabe aqui o Zeca Pagodinho (rs), que me ensina o "deixa a vida me levar".

Um beijo.

Anônimo disse...

Lindo o seu blog! To devorando ele aqui... beijo.

Anônimo disse...

ainda nem li esse post. estou lendo todos do começo e não consigo parar. de ler. de me surpreender. de desejar viver e de admirar vcs.

meu pai morreu qnd eu era mto nova. e isso não afeta na falta que faz, não acreditem qnd disserem que o Francisco não vai sentir falta dele. Pq vai - e mta.

vai sentir saudade do que não viveu. e essa dói e é imensa.

Bianca disse...

Sei que as perdas são enormes, imagino que fazem realmente muita falta. Mas como vc disse, muita coisa ainda virá, e as coisas boas serão grandes alegrias.
Você tem teu pequeno, e os dois já são grandes amigos, e vc sempre terá uma ótima companhia!
Beijos

Anônimo disse...

Te assisto, te leio e te admiro hoje e sempre.

um beijo. pra vc e pra ele.

Anônimo disse...

Oi Cris,

Escrevo aqui e no outro muitas vezes dizendo o que sinto e esqueço de te elogiar no quesito: PQP< como você escreve BEEEEEEEEEEEEM, rs

Além do conteúdo ser infinitamente verdadeiro, sincero, amoroso, é muito bem escrito, como eu te disse, de tanto vir aqui, às vezes sinto como se já te conhecesse, quando vi sua matéria na Gloss, foi como se visse uma amiga minha minha, e quisesse mostrar à todo mundo.

Parabéns, talvez essa seja sua missão, emocionar, ensinar as pessoas a sua volta, e mais, ensinar o valor do amor,

Parabéns sempre,

Bjs
Fe Klink

Anônimo disse...

Cris Guerra,


Não tem como não se emocionar com suas palavras, sentimentos e sensibilidade.
Lí a sua reportagem na revista e logo em seguida acessei seu blog, e devo confessar: De primeira, achei um pouco "pra baixo", sei lá...
Mas depois, compreendi totalmente a sua ação em fazê-lo!
Incrível Cris!!!!
Gostaria tanto de conhecê-la e conversar pessoalmente com você!!
Mas moro tããão longe: Em Maceió-AL.
Muitas de suas palavras me tocas na alma, essa questão de lidar com "as perdas"...Perdi meu pai há uns 8 anos e agora estou enfrentando uma separação...Um casamento lindo e verdadeiro que durou 10 anos, mas acabou!!! olha, acho que estou desabafando um pouco com você, desculpa!!!
Mas, me identifico muitíssimo com suas palavras e pode ter certeza: pra mim elas servem como se fosse uma terapia...

Você é iluminada!!!!!

Beijo pra você
E um beijinho especial para o Francisco.

Se puder e houver um tempinho, manda um email pra mim:
carladamasceno@oi.com.br

Anônimo disse...

Nossa! Que texto forte. Cheio de verdade, de vida e de emoção! Acredito que há poucas mulheres como você no mundo... e espero me inspirar em você nos momentos em que a vida me requisitar forças! Você nos dá orgulho de sermos mulheres. Tenho acompanhado o seu blog e cada palavra tem sido pra mim uma lição de vida! Obrigada por partilhar tudo isso conosco! Grande abraço!

Anônimo disse...

Olá,
Postei há poucos dias - qdo conheci e me encantei com sua forma de encarar a vida: nem fortaleza, nem areia movediça, mas uma mulher, mãe, querendo ser feliz e apresentar a tal "felicidade" ao filho!
Bom, esta foi minha impressão...
Qto a sua última postagem, "Tempo, tempo, tempo. ", não só acredito q vc está no caminho certo como faz algo muito maior, se não ensina, ao menos compartilha experiências com as outras pessoas.Isso é generosidade.
Com carinho,
Marina.

Daniela Chuahy disse...

Oi querida! conheci seu blog atraves da minha amiga cris - cariocakids. Primeiro me recompus emocionalmente para te deixar esse comentario. Vc tem uma capacidade incrivel, um dom acho, de mexer com nossas emocoes atraves de palavras doces, meigas, carinhosas e as algumas vezes tristes! Tenho certeza de que seu caminho e do seu filho eh de muita luz!!!!! Tem muita gente querida olhando por vcs la de cima! Nunca esqueca disso!
Incrivel com vc eh a carinha da sua mae!
Bj
Daniela

Micha Descontrolada disse...

leio seu blog e viajo...fico impressionada com sua força. vc não caiu nos mtos obstáculos q teve no caminho...ou melhor, se caiu, levantou...está vivendo pelo seu filho, o filho de vcs, e é lindo demais o seu blog, vc escrevendo para o francisco...
mta força, sempre.

/(,")\\
./_\\. Beijossssssssss
_| |_.................

Anaclara disse...

Vc pode não dominar o tempo. Mas domina as palavras. Com maestria.

Anônimo disse...

Impossível vir aqui sem sair "modificada".
Já tive muitos motivos prá desanimar, outros prá desistir...
Ainda bem que preferi "deixar a vida me levar".
Só assim eu consegui ser feliz!
Parabéns pela força... pela garra e principalmente pela docilidade!
O Cisco terá muitos motivos para se orgulhar de você.
Beijossssss

FEITO DE PANO disse...

Olá Cris!

Hj aconteceu uma coisa engraçada. Não sou de me apegar muito ao destino, mas se não foi ele quem me levou até seu blog, não sei de mais nada. nunca comprei uma revista criativa. Hoje, parei numa banca, olhei p ela e ela p mim. pensei:"não, não vou comprar pq já é fim de mês, e estarei comprando uma revista velha". Esperava minha mãe chegar p irmos almoçar. Não resistir e acabei comprando. Logo de cara, o titulo da matéria me chamou atenção. Uma amiga perdeu o namorado ano passado, vi a dor de perto, mas não pude senti-la. O acaso, e a curiosidade, me levou até o blog. Perdi (ou ganhei?) a trade de trabalho. Comecei e não consegui mais parar de ler. No primeiro texto, escrito ano passado, um nó se fez em m minha garganta. Que vontade de chorar. Que dor!Continuei, continuei, precisei parar, voltei! Sua história não me saiu da cabeça. Fico pensando que devem existir algumas Cris, alguns Cisco e alguns Gui por ai, mas foram suas palavras, seu amor e sua verdade que tocaram meu coração. Sentimento dificil de explicar.Você existe de verdade?Sempre pensei que eu nasci na época errada, pois sou romantica ao extremo, e apesar de não ter tido muitas perdas ao longo dos meus 24 anos (não tenho nenhum avôs, mas cheguei a conhecer todos e fui perdendo, um por um, e destes, minha vó materna se faz presente até hj, na minha vida e nas minhas orações) sempre tive muito medo de perder meus pais, meu irmão, meu amor.Hj, ao me despedir de meu amor, disse que o amava-o. Aprendi isso aqui, hj. Não somos de falar mto 'eu te amo' um p outro, mas hj se fez necessário, pois aqui eu aprendi que não pudemos deixar nada para o amanhã. Que amanhã??Sinceramente, não sei o que te dizer, e confesso que é a primeira vez que comento em um site/blog/ou qq coisa do tipo. foi necessário, pois hj, depois de td que li, sou uma outra pessoa. Sua dor se fez presente em mim, não tão intensa, mas verdadeira. Que pai seria o Gui. Meu pai é espírita, eu sou um pouco, pois acredito mas não estudo a doutrina. Seguindo o espiritismo, e vendo sua história, posso dizer que o Gui cumpriu sua missão. Ou vc tem duvidas de que ele veio p te dar o amor?Seu filho é uma joia rara, uma dádiva divina e sua missão hj se faz completa:educá-lo, fazê-lo feliz e mostrar pra ele que grandeza de ser humano era o seu pai, e que perfeito amor ele foi concebido. Que lindo testamento vc prepara p ele. Que feliz o Cisco por ter vc ao lado dele. Que sorte! Que amor!

Seja feliz querida!!

Já lhe add nos meus favoritos..sempre..

bjos grandes, Luana

Silvia Regina Angerami Rodrigues disse...

Uma amiga me passou o link do seu blog hoje, mas tive que esperar pra ler aqui em casa, porque sou muito chorona e, como alguém já disse antes, fica chato chorar no trabalho... suas palavras são tão intensas, sua história é tão verdadeira, você é uma pessoa tão forte.... parabéns e obrigada! E me desculpe a falta de originalidade no comentário...

Naty Nathália disse...

"Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã"

Cris, como na música de nossos conterrâneos...Sempre esperamos para que o tempo corra macio... Mas o que seria de nossas vidas sem as supresas... Algumas tão desagradáveis... Outras entretanto tão amigáveis...

Obrigada por compartilhar conosco seus "pensamentos, suas histórias"...

Já sabe que sou sua fã né...
Bjo Carinhoso *(-.-)*

Txiago disse...

Sempre encontro paciências para ler os seus textos, por maiores que eles sejam. Me emociono com suas lembranças, talvez pela ausências das minhas, de um pai que já foi há muito tempo e muitas outras pessoas queridas, mas ninguém me contou nenhuma história. Você está preparando um tesouro para seu filho, não deixe q isso se perca!!!
super abraço!

Anônimo disse...

li seu blog de cabo a rabo desde que cheguei ao trabalho até agora, não consegui fazer mais nada, fiquei hipinotizada e sinto uma mistura de admiração e compaixão.
Quem escolheu seu nome, te pegou para Cristo, Cristiana.
E desejo que a partir de agora só venha a abonança, o amor, a união e o prazer. Chega dessa vida sofrida cheia de lutas, Cristiana Guerra.
Tudo de melhor para você!
Carinhosamente,
Luísa

Anônimo disse...

De blog em blog, cheguei ao seu ontem. Li tudo, me identifiquei demais com a sua história, com o amor que une vc e o Gui. Vivo e sinto todo esse amor e essa afinidade pelo meu namorido e ontem, lendo suas palavras, chorei muito pensando nas incertezas da vida.
Por isso, resolvi mudar; valorizar e cuidar do meu Amor todos os dias para não me arrepender de algo que por ventura possa ter deixado de fazer. E, mais do que nunca, decidi me empenhar mais ainda em "criar demanda", como chamo nosso projeto de ter um filho...

um beijo enorme pra vc e pro Cisco e parabéns pelo blog, pela força, por tudo.

Anônimo disse...

De blog em blog, cheguei ao seu ontem. Li tudo, me identifiquei demais com a sua história, com o amor que une vc e o Gui. Vivo e sinto todo esse amor e essa afinidade pelo meu namorido e ontem, lendo suas palavras, chorei muito pensando nas incertezas da vida.
Por isso, resolvi mudar; valorizar e cuidar do meu Amor todos os dias para não me arrepender de algo que por ventura possa ter deixado de fazer. E, mais do que nunca, decidi me empenhar mais ainda em "criar demanda", como chamo nosso projeto de ter um filho...

um beijo enorme pra vc e pro Cisco e parabéns pelo blog, pela força, por tudo.

Rebecca M. disse...

Tão bonito vir por aqui e ver esse carinho todo!

"Amor vem de amor", como dizia Riobaldo...

Pequena disse...

Ai, Rebecca, que bom ter você pra trazer as palavras iluminadas que muitas vezes me faltam.

Uma vez o Gui tava de férias em Trancoso, lendo o Grande Sertão, e me mandava mensagens de pedacinhos do livro pra fazer carinho. Uma delas foi exatamente esse trecho lindo.

Faço minhas as suas (ou melhor, do Guimarãe Rosa) palavras.

Um beijo.

Rebecca M. disse...

Tem uma que eu gosto demais...

"o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam."

Acho que o tempo também é meio assim, afina e desafina... e às vezes é como vc falou, "muito de tudo ao mesmo tempo"...

Beijo!

Pequena disse...

Rebecca, venha sempre. Você faz esse blog ficar mais bonito.

Vicente Celestino disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Cris, não se surpreenda, pois a vida é assim mesmo...sempre alguem ou alguma coisa indo para que outro alguem, ou outra coisa venha... e talvez qdo tiver a minha idade, e parar pra refletir, como voce me fez parar agora, perceba que o tempo que agora te confunde, te fará entender todas as coisas que precisa pra não ter medo da felicidade que estiver sentindo...como eu entendo e sinto agora. Um grande beijo.
Natalia

Anônimo disse...

Que coisa mais linda, Cris.
Encontrei esse blog e gostei muito de conhecer essa linda história, frágil e forte.
Misto de lágrimas e sorrisos impressionantes. Agora, mais uns olhos para admirar esses sentimentos.
Incrível como você consegue passar todo seu sentimento para cá, é um aperto no coração que você consegue transformar em palavras doces. Tenho certeza que todas as pessoas que passam por aqui, levam um pouco de cada detalhe para a vida, um pouco de aprendizado. Estou levando muito, e não pude sair sem deixar um pouco de sentimento por aqui também.
Admiro muito essa sua força, dá pra perceber que o Guilherme também possuía...e as duas forças juntas, constitui seu pequeno filho. Lindos lindos vocês!
Desejo mais forças, energias positivas, sorrisos, lágrimas de emoção, saúde. E que não lhe falte esse amor de sempre. Verdadeiro e eterno.

Beijos e abraços cheios de alegria.


A saudade é a certeza de que o amor e os instantes valem a pena.

Naty Nathália disse...

Isso aqui ta enchendo de artistas em Cris...
Tão bom estar envolta por pessoas que nos querem bem... e que querem bem dos outros ne...

O Bem faz tao bem...

Bjo Carinhoso
Sua admiradora

Anônimo disse...

E falando em Guimarães Rosa...
"Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer"

Beijos

Patricia Machado disse...

Que força tem as suas palavras, que doce são as suas lembranças! O Francisco é privilegiado por ter uma mãe tão intensa, tão cheia de vida, tão sensível.. se não se importa, colocarei o link do seu blog no da minha filha Cecília, de 1 ano e três meses. Outras pessoas têm que conhecer a sua história e ver a beleza do mundo, apesar das tristezas, através do seu olhar. Um beijo enorme

Anônimo disse...

Fiquei emocionada. Com as palavras, as fotos, as recordações. Cisco terá orgulho imenso da mãe que tem. Beijo grande, Fernanda.

Anônimo disse...

isso TEM que virar livro.
já estou considerando a hipótese de, em tendo um filho, nomeá-lo de francisco, em homenagem a vocês três, a toda essa sensibilidade, a toda essa história, densa, complexa, triste, mas, sobretudo, tão bela.

Anônimo disse...

Andei, andei e andei. Hoje cheguei aqui. Não conheço, mas já te amo. Um beijo para vc e outro pro Francisco.

Brisa disse...

Vim por indicação, e não consigo mais parar de ler.
Que força você tem.
Seu filho terá muito a orgulhar.
Estou lendo tudo aos poucos, seus relatos são fortes, verdadeiros.
Fico me perguntando tantas pessoas que se deixam abater por coisas pequenas, enquanto você, que já viveu tudo isso, inclusive as mortes familiares, encontra forças no seu filho.
E escreve para ele, e para nós também.
Uma lição.
Parabéns.

Nina disse...

CRIS,
CONTINUO FÃ DO SEU BLOG E ESPERANDO UMA RESPOSTA SUA PRA ENTREVISTA DO FEMININA(www.alterosa.com.br/feminina)
UM ABRAÇO,
MARINA

Mauren Motta Comunicação e Mkt disse...

Oi menina,
uma amiga sua entrou no meu blog e falou dos seus blogs. Adorei todos! Aí, tomei a liberdade de indicar vc como personagem para um Globo Repórter. Acho que eles vão te ligar. Enfim,parabéns meeesmo! Adorei...
Eu tenho um site para o público feminino www.maurenmotta.com.br e um blog de beleza real. Passa lá. Acho que vc pode gostar.
www.mmottadedentroprafora.blogspot.com
Beijocas...mauren.

Flor de Bela Alma disse...

Querida, querida, querida. Sempre mais coisas. A cada dia, me surpreendo mais com vc!Um beijo e o que escrevi no meu blog é pequeno perto disso tudo!Beijinho:Bianca

Anônimo disse...

Preciso concordar contigo: a Vida às vezes exagera na dose! Esta semana senti isto na pele com a partida inesperada do meu Pai mas acredito que aos poucos vamos aprendendo a entender estas voltas que a Vida dá.

Um beijo para Você e outro no Cisco

*Denise*

Anônimo disse...

Nossa, como fico emocionada com suas palavras!!! Você tem um excelente dom de levar uma vida com passagens bastantes doloridas com um humor e uma FÉ que toca o coração. Me senti como vc qdo disse q é meio atrasada.Também sou a mais nova, de 4 filhos em escadinha teve um espaço de 11 anos entre eu e minha irmã.
Cristiana, acabei de te "conhecer" e te admiro muito! Desejo de todo o meu coração que sua vida tenha muitas coisas boas por vir, que vc não sofra mais perdas, masque curta cada chegada!!
BJinhosss com carinho
Dani

Linda disse...

Oi cheguei ao seu blog pelo Blog da Luiza Barcelos e me emocionei com a sua história. Ao ver a sua foto: SURPRESA!!!! Vc é minha prima. Sou a Carol filha do Chico e da Zezé. E me lembrei das aulas particulares que tinha com seu irmão na sua casa, bons tempos...onde a preocupação era apenas passar de ano.

Anônimo disse...

é muito bonito tudo isso.

bizarramente, desse jeito estranho que a internet tem de aproximar e distanciar as pessoas, de quebrar a continuidade do tempo, virtualmente, eu torço por você, e pelo francisco. :)