Ontem tomei vinho com grandes amigas e chorei que nem você, filho. Mas não era fome, nem sono, nem birra, nem manha. Era saudade mesmo. A morte deixa uma dor que não tem cura.
Como diz meu grande ídolo, Chico Buarque, "a saudade dói latejada / É assim como uma fisgada / No membro que já perdi." E que fisgada doída! Doída e permanente. Beijos
só hj tive coragem de entrar aqui...depois de muito tempo de fã do "hoje eu vou...". um ex-namorado morreu em um acidente de carro em 2001, a gente tinha brigado, mas eu tinha certeza que ficaria o resto da minha vida ao lado dele. mas naquele caixão foi uma parte de mim, e até hj a ferida tá lá, em carne viva. a vida seguiu tenho um filho que é a coisa mais gostosa do mundo, razão do meu viver. os dias seguem preenchidos pela maior felicidade do mundo a cada segundo com meu filho e pela angústia da ausência tão presente no meu peito...li o blog inteiro nesta madrugada, e vou tentar aprender com vc como lidar com esta dor que não tem nome.
Força e tudo q/ nos restas..eu tbm perdi meu pai, minha mãe em questão de 1 ano cada e nesse meio tempo nasceu a razão do meu viver meu filho Arthur, meu rei meu cheiro..toda força q/ tenho pois eles p/ mim eram tudo qdo se foram eu tinha 24 anos..e apreendi na marra o q/ é dor e lutar sozinha mas como eles mesmos diziam: NINGUÉM FICA P/ SEMENTE!!!
Um homem tem morte súbita, dois meses antes do nascimento do seu único filho. Assim nasce este blog. Tentando entender e explicar dois sentimentos opostos e simultâneos vividos pela viúva e mãe que, no caso, sou eu. Muitos questionamentos. Muitos raciocínios. Muito aprendizado. E uma pressa em falar para o Francisco sobre seu pai, sobre o mundo e sobre mim mesma (só por garantia).
Movido pelo amor e pela falta, movido pelo sonho de transformar e eternizar. Movido por você, que me lê. Foi o trabalho mais amoroso que já fiz na vida.
que deixa aqui o seu comentário, o meu "muito obrigada". Suas palavras serão lidas com atenção e carinho. Mas peço desculpas por não ter o devido tempo para responder a cada um.
os textos aqui escritos costumam sofrer alterações posteriores ao sabor dos ventos e dos humores. Porque com o tempo descubro outras coisas sobre o que já foi escrito. Porque certas palavras chegam mais tarde – e são bem-vindas. Porque ainda leva um tempo até o Francisco aprender a ler. E principalmente: porque ele merece esse capricho.
para sua informação:
os textos deste blog são de autoria de Cristiana Guerra. Os que não são, estão devidamente creditados. Se quiser copiar algum trecho, por favor, cite também os créditos.
7 comentários:
In Vino Veritas
a dor passa. o que não passa é a saudade.
Como diz meu grande ídolo, Chico Buarque, "a saudade dói latejada / É assim como uma fisgada / No membro que já perdi." E que fisgada doída! Doída e permanente. Beijos
e eu acabei de chorar lendo isso!
só hj tive coragem de entrar aqui...depois de muito tempo de fã do "hoje eu vou...". um ex-namorado morreu em um acidente de carro em 2001, a gente tinha brigado, mas eu tinha certeza que ficaria o resto da minha vida ao lado dele. mas naquele caixão foi uma parte de mim, e até hj a ferida tá lá, em carne viva. a vida seguiu tenho um filho que é a coisa mais gostosa do mundo, razão do meu viver. os dias seguem preenchidos pela maior felicidade do mundo a cada segundo com meu filho e pela angústia da ausência tão presente no meu peito...li o blog inteiro nesta madrugada, e vou tentar aprender com vc como lidar com esta dor que não tem nome.
Só queria deixar meu beijo pra você. e dizer que também choro... às vezes mais, às vezes menos, e às vezes nada... Você é muito linda e forte.
Força e tudo q/ nos restas..eu tbm perdi meu pai, minha mãe em questão de 1 ano cada e nesse meio tempo nasceu a razão do meu viver meu filho Arthur, meu rei meu cheiro..toda força q/ tenho pois eles p/ mim eram tudo qdo se foram eu tinha 24 anos..e apreendi na marra o q/ é dor e lutar sozinha mas como eles mesmos diziam: NINGUÉM FICA P/ SEMENTE!!!
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