sábado, 5 de janeiro de 2008
Pra ver o sax tocar.
Hoje amanheceu um dia lindo e fomos passear na Praça da Liberdade. Seu pai talvez nos levasse a um lugar mais original, mas eu particularmente ainda gosto muito desse pedaço da cidade. A primeira vez que estivemos lá foi muitos meses atrás, eu, você e a babá, mas era inverno e fomos embora logo porque ventava muito. Passeamos e as fontes estavam especialmente bonitas com a luz do sol. Quando passamos para o lado do coreto, não havia nenhuma programação musical. Mas um homem estava sentado num banco da praça tocando "Como é grande o meu amor por você" no saxofone. Lembrei que há pouco tempo eu soube que seu pai já tocou sax, além do piano. Não tivemos a chance de ele tocar pra mim, mas música era uma forma de a gente se comunicar. E uma vez ele me enviou essa por email. "Me desespero a procurar alguma forma de lhe falar como é grande o meu amor por você". Nessas horas eu sempre penso: mesmo tendo ido há quase um ano, ele sempre arruma um jeito de falar com a gente, filho.
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8 comentários:
Fz um tempo que visito o seu espaço. Admiro a forma com que você lida com a vida. Com certeza é um exemplo para todos. Obrigada pela iniciativa!
bjo a vc e ao Francisco,
Nina.
Cris, nunca te contei isso, mas eu tinha uma ligação bem forte com o Gui.
Quando ele morreu, tive vários sinais. Foi muito louco.
No fim-de-semana antes da morte dele eu estava no Rio com um amigo. Por algum motivo, me sentia muito mal e só falava em morte. Cheguei a perguntar pro meu amigo como ele achava que ia morrer. Meu amigo ficou bravo comigo, disse que não tinha me levado ao Rio pra falar desse tipo de assunto...
Cheguei em Sampa e não parava de pensar no Gui. Pensava em coisas que ele tinha me dito há 10 anos!!!
Cheguei a não dormir de noite pensando nele. Mas, por que, se eu tinha falado rapidamente com ele pelo MSN há poucos dias?!
Tomei uma atitude: como ele não entrava no MSN, resolvi entrar no orkut e deixar uma mensagem pra ele aparecer por lá. Foi assim que soube de sua morte...
Esse tipo de "aviso" só tinha acontecido, até então, com um tio muito querido meu, que deixou este mundo muito cedo, aos 33 anos, e me avisou antes de partir. Foram as perdas mais sentidas da minha vida...
Beijos, Ana Paula
ai, cris. Na madrugada de hoje, escrevi no meu blog uma coisa sobre esses "sinais". a saudade me apertou tanto que não conseguia dormir. ai, tem horas que ela vem rasgando.tudo que eu queria ontem era um sinal concreto. ler isso aqui agora, foi um alento. Um sinal, acho, de que ela está vendo sim...
Um bjo grande nocê e no Cisco
Oi Cristina!
Li a reportagem que vc deu pra revista. Achei interessante a sua história, adorei as fotos que vc publicou na revista, seu filho é lindo demais! Espero um dia ter um pingo da sua coragem e determinação, vc se tornou um incentivo para mim.
E vc faz bem em leva-lo à liberdade, realmente tudo é lindo por lá.
Quero que sinceramente sua vida se torne cada dia mais iluminada, e de seu filho consequentemente também.
Parabéns por ser quem é.
Parabéns pelo estilo peculiar, parabéns pelo bom gosto.
Um nó na garganta... E admiração pela tua capacidade de superação... E gratidão pela lição de vida...
O Francisco é lindo!
Mesmo cheia de dor, você é capaz de escrever de forma tão linda, e de homenagear o teu filho e o pai dele. Você é guerreira!
A vida da gente é cheia de sinais.
E certamente você já está sensível a eles.
Nada de ficar ou de ser ou de estar paranóica, não.
Apenas aproveitar um momento lúdico e lírico como um passeio na praça e ouvir um desconhecido tocando no sax uma música conhecida.
Por que não fazer disso, um sinal?
Não é a toa que você e o Cisco tem Guerra no sobrenome, é?
Beijos,
Kika
Sou leitora assidua do seu blog, e admiro muito voce. Mas tenho uma duvida, porque voce se refere á babá como, a babá, pois ela é uma pessoa bastante importante na sua vida e na do Cisco, voce confia a ela todos os dias seu maior tesouro, e nem ao menos cita o nome dela....
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